sábado, 30 de junho de 2018

Índios Munduruku denunciam pratica abusiva contra seu povo

Os caciques do Povo munduruku manifestam contra práticas de falsificação de documentos em nome do povo munduruku
I REUNIÃO DO CONSELHO COMUNITÁRIO
Aos dias vinte dois do mês  de junho de dois mil e dezoito, as treze horas e vinte e três minutos, no auditório da Associação Indígena Pusuru,localizado na cidade de Jacareacanga Estado do Pará, situada na avenida Tenente Fernandes.  A reunião foi conduzido pelo coordenador da Associação Indigena Pusuru o senhor Adaísio Kirixi Munduruku, dando boas vindas a todos os caciques presentes e cacique geral e da comissão dos caciques da região do Cururu, Teles Pires, Kabitutu, Rio das Tropas e das suas aldeias, que consta no estatuto da Pusuru,  em seguida foi apresentado os caciques que está no conselho comunitário denominado como conselho dos caciques como: Andre Tawe Munduruku da aldeia Santa Maria, Venâncio Poxo Munduruku da aldeia Missão Velha, Vivaldo kirixi Munduruku da Missão Cururu, Fernando Kirixi Munduruku da aldeia Morro do Korap, Ambrosio Poxo da aldeia Waro Apompu, Lamberto Paigo Munduruku da aldeia Restinga, Antonio Cosme Munduruku da Aldeia Santo Antonio, Creto Waro Munduruku da Aldeia Prainha, Disma Muo Munduruku da aldeia Teles Pires, Ambrosio Waro Munduruku da Aldeia Teles Pires, Jose Emiliano Kirixi Munduruku da aldeia Papagaio, Sebatião Saw da aldeia Primavera, Arnaldo Kaba cacique geral da aldeia Katõ, Edmundo Tome Akay Munduruku da aldeia Katõ, Dionisio Kirixi Munduruku da aldeia Biriba, Vivente saw Munduruku da Aldeia Sai Cinza, Rosildo Saw Munduruku da aldeia Sai Cinza, Thomas Manhuary da aldeia Caroçal Rio das Tropas, Rozenilda Kirixi Munduruku da aldeia Karapanatuba, Abraaão Akay Munduruku da aldeia Karapanatuba, esses fazem  parte do conselho  com o total de 20 caciques,   muitas das vezes podem ser convidados os conselhos dos caciques para resolver as situações, sendo que são obrigações de acompanhar e fiscalizar os trabalhos, sendo que esteve recentemente a Assembleia, mas muitas coisas não foram resolvidos:
CARTA ELABORADA DURANTE REUNIÃO DO CONSELHO DOS CACIQUES DENOMINADO I REUNIÃO DO CONSELHO 
COMUNITÁRIA
CARTA DE REPÚDIO DE PRÁTICA DE FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO E DA REUNIÃO NA ALDEIA PATUAZAL.
Cumprimentando-o respeitosamente, Vossa Excelência, nós caciques, lideranças presente no I Reunião do Conselho Comunitário denominado conselho dos caciques, realizado nos dias 22 e 23 de junho corrente exercício, na sede da Associação Indígena Pusuru – AIP, Jacareacanga, Estado do Pará. As quais estão compostas por vinte caciques representantes das comunidades e diferentes regiões das terras indígenas do Alto Tapajós, escolhido em Assembleia Geral tem como finalidades;
Incentivar a união e fortalecimento da organização munduruku, protegendo os interesses do povo de acordo com organização social e as tradições culturais;

Vimos por meio deste em nome do Povo Munduruku juntamente com a nossa entidade Associação Indígena Pusuru – AIP representante juridicamente legal do povo Munduruku, repudiar inventário da nossa parenta Maria Leuza Cosme Kaba Munduruku onde “comunicar a FUNAI, ao MPF, ao prefeito e demais autoridades que assembleia geral do povo munduruku na aldeia Restinga realizada entre dias 15 a 18 de maio, havia garimpeiros Munduruku armados com revolver”.  Nós caciques, lideranças, estivemos presentes nesta assembleia, mas não tínhamos vistos os parentes armados. Lembramos que o ministério público pode comprova dessa situação porque esteve presente meio do povo na XXVII Assembleia geral do povo Munduruku, entendemos que a nossa parenta está tentando desqualificar nosso importante evento que vem acontecendo durante vinte e sete anos de existência de lutas do povo munduruku. Vale lembrar também que através deste evento nos conseguimos nossa educação, saúde, demarcação e homologação de nossa terra durante vinte anos de lutas. Manifestamos também através deste a fim de formalizar Associação Indígena Pusuru não está autorizando a entrada de garimpeiro não indígena, nem indígena na atividade de garimpagem. Sabemos que a entidade já recebeu muita calunia por envolvimento dessa atividade ilegal para desqualificar sua representatividade com autoridades que apoiam defesa dos direitos e meio ambientes. Os apoiadores que apoiam interesses ou direitos dos povos indígenas não estão apoiando por motivo das mentiras e calunias que parenta levantava contra a entidade, as mentiras se tornou a verdade, porque não tínhamos manifestados para desmentir a questão. Isso trouxe divisão do povo munduruku porque a maioria apoia Pusuru e minoria rejeitava, e os apoiadores também acabam acreditando as mentiras da parenta Maria Leuza Cosme Kaba Munduruku. Repudiamos também realização de encontro previsto no mês de julho na aldeia Patuazal. Por motivo que nossa parenta realiza os encontros só para beneficiar interesse próprio não para interesse do povo. Os caciques, lideranças, pajés e professores recentemente teve Assembleia geral do povo Munduruku, onde foi decidida pela maioria dos caciques de 140 aldeias situadas na terra Indígena Munduruku que qualquer evento, reunião e entrada de pessoas desconhecidas devem ser consultados a representante maior que é a ASSOCIAÇÃO INDIGENA PUSURU, caso não cumprir esta norma pode acontecer imprevisto, as outras associação que existem como organizações menores, estes só podem representar as aldeias locais de origem e poderão representar o povo munduruku em geral somente com a participação da Associação Indígena Pusuru - AIP. 
Considerando que recentemente foi criado mais uma ASSOCIAÇÃO WAKO BURUM, a maioria das mulheres indígenasmunduruku e homens não foram consultados para criação desta organização, o povo munduruku não aceita essa representatividade, devido à falta de desconsideração dos caciques, lideranças, professores e guerreiros (as), sendo que este nome culturalmente não poderá ser mencionado publicamente e muitos anciões (as) e pajés munduruku que sabem da historia indígena se preocupam o que poderá acontecer, ou seja, tragédias fatais futuramente com os parentes indígenas bem tanto nas suas atividades e em outros recintos.  
Considerando que após desta criação WAKO BURUM muitos caciques, lideranças, guerreiros (as) e pajés ficaram revoltados por serem usados os seus nomes na criação e nos documentos indevidamente e que para eles essa organização está contrariando a tradição e costumes do povo munduruku, e que também contrariam nos documentos que são expedidos das aldeias e por isso a decisão da assembleia geral do povo que essa representação não tem validade. Informamos também que a nossa parenta indígena Maria Leuza Cosme Kaba Munduruku não representa o povo munduruku, não consideramos como liderança devido desrespeito, desconsideração de seu povo, caciques e lideranças. 

Por fim, renovo votos de estima e consideração.

Atenciosamente,

Seguem assinaturas dos caciques e lideranças:

Reproduzido de:
http://tapajosinformativo.blogspot.com/2018/06/os-caciques-do-povo-munduruku.html?m=1

Nenhum comentário: