Estudo foca no desempenho em matemática e
ouviu mais de 1,5 mil crianças de escolas públicas e seus responsáveis em 20
cidades brasileiras
As habilidades matemáticas são moldadas muito
cedo na vida escolar das crianças e a ansiedade ou um possível bloqueio no
aprendizado pode tornar a disciplina um grande pesadelo até a vida adulta. E os
pais tem papel fundamental nesse processo de aprendizagem. É o que comprova
pesquisa feita pelo Instituto TIM, por meio do seu projeto “O Círculo da
Matemática no Brasil”, realizado no país desde 2013.
O estudo ouviu 1,5 mil crianças de escolas públicas, com idade média de nove anos, e seus responsáveis em 20 cidades de todas as regiões do país. Na ocasião, foi calculado o Índice de Competências Matemáticas (ICM) de cada indivíduo, metodologia para determinar o conhecimento da disciplina desenvolvida pelos professores Bob e Ellen Kaplan, criadores do Math Circle da Universidade de Harvard. O teste traz questões de porcentagem, média básica, frações, multiplicação e divisão, dentre outras.
Foi possível verificar que alunos cujos pais se envolvem na vida escolar têm 21,8% a mais de proficiência matemática em comparação aos que não contam com apoio da família. No entanto, alguns dados do estudo preocupam: 90% das crianças entrevistadas consideram que aprender a disciplina as ajudará a ter uma boa profissão, enquanto 45% dos responsáveis acham que não adianta estudar matemática. Para piorar, 38% dos filhos disseram que ninguém os ajuda com o estudo, enquanto 72% revelaram que gostariam de obter mais apoio dos responsáveis nesse sentido.
“Existe uma herança matemática nas famílias brasileiras que agrava de modo decisivo a baixa aprendizagem da disciplina no país. Na pesquisa, 43% dos pais disseram que essa era matéria que menos gostavam na escola, por exemplo. É como se existisse uma transmissão entre gerações de pobreza matemática que as escolas, infelizmente, não conseguem interromper. E isso agrava ainda mais o desenvolvimento da disciplina no Brasil e a busca por soluções para reverter o cenário no país”, explica o economista Flavio Comim, professor da Universidade de Cambridge, responsável pela pesquisa e idealizador do projeto “O Círculo da Matemática no Brasil”. O Brasil está, atualmente, no 131º lugar entre 137 países na qualidade do ensino de ciências e matemáticas, segundo estudo do Fórum Econômico Mundial.
O estudo revela, entretanto, que os adultos não precisam ser craques em matemática para influenciar o desempenho das crianças: basta apenas estarem mais próximos. O envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos – conhecer os professores, colegas de turma e dedicar tempo para ajudar nos estudos – produz um efeito positivo no aprendizado das crianças, similar aos benefícios de filhos com pais que entendem sobre matemática e estudam juntos.
O Instituto TIM realiza desde 2013 o projeto “O Círculo da Matemática do Brasil”, que tem como objetivo estimular o gosto por essa disciplina por meio da abordagem já mencionada, criada na Universidade de Harvard. A iniciativa já beneficiou mais de 187 mil alunos de escolas públicas do ensino fundamental em 33 cidades brasileiras. Por Vanessa Tavares/TIM BRASIL.
O estudo ouviu 1,5 mil crianças de escolas públicas, com idade média de nove anos, e seus responsáveis em 20 cidades de todas as regiões do país. Na ocasião, foi calculado o Índice de Competências Matemáticas (ICM) de cada indivíduo, metodologia para determinar o conhecimento da disciplina desenvolvida pelos professores Bob e Ellen Kaplan, criadores do Math Circle da Universidade de Harvard. O teste traz questões de porcentagem, média básica, frações, multiplicação e divisão, dentre outras.
Foi possível verificar que alunos cujos pais se envolvem na vida escolar têm 21,8% a mais de proficiência matemática em comparação aos que não contam com apoio da família. No entanto, alguns dados do estudo preocupam: 90% das crianças entrevistadas consideram que aprender a disciplina as ajudará a ter uma boa profissão, enquanto 45% dos responsáveis acham que não adianta estudar matemática. Para piorar, 38% dos filhos disseram que ninguém os ajuda com o estudo, enquanto 72% revelaram que gostariam de obter mais apoio dos responsáveis nesse sentido.
“Existe uma herança matemática nas famílias brasileiras que agrava de modo decisivo a baixa aprendizagem da disciplina no país. Na pesquisa, 43% dos pais disseram que essa era matéria que menos gostavam na escola, por exemplo. É como se existisse uma transmissão entre gerações de pobreza matemática que as escolas, infelizmente, não conseguem interromper. E isso agrava ainda mais o desenvolvimento da disciplina no Brasil e a busca por soluções para reverter o cenário no país”, explica o economista Flavio Comim, professor da Universidade de Cambridge, responsável pela pesquisa e idealizador do projeto “O Círculo da Matemática no Brasil”. O Brasil está, atualmente, no 131º lugar entre 137 países na qualidade do ensino de ciências e matemáticas, segundo estudo do Fórum Econômico Mundial.
O estudo revela, entretanto, que os adultos não precisam ser craques em matemática para influenciar o desempenho das crianças: basta apenas estarem mais próximos. O envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos – conhecer os professores, colegas de turma e dedicar tempo para ajudar nos estudos – produz um efeito positivo no aprendizado das crianças, similar aos benefícios de filhos com pais que entendem sobre matemática e estudam juntos.
O Instituto TIM realiza desde 2013 o projeto “O Círculo da Matemática do Brasil”, que tem como objetivo estimular o gosto por essa disciplina por meio da abordagem já mencionada, criada na Universidade de Harvard. A iniciativa já beneficiou mais de 187 mil alunos de escolas públicas do ensino fundamental em 33 cidades brasileiras. Por Vanessa Tavares/TIM BRASIL.
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