Na adolescência, inúmeras transformações biopsicossociais
fazem contraponto ao sentimento de superioridade e onipotência típica dessa
fase da vida, criando situações, às vezes, dramáticas. Em tese seria tempo de
se conhecer e descobrir. Mas sabe-se que a vida sexual está inserida neste
contexto adolescente de maneira desordenada. É comum dizer que adolescentes
começam a vida sexual precocemente, isto é fato, e segundo o que os dados
nacionais e mundiais nos mostram o despreparo é um problema a ser administrado
pela sociedade.
Levantamentos estatísticos mundiais apontam que anualmente um
em cada 20 adolescentes contrai uma doença sexualmente transmissível; um em
cada quatro abortos são realizados em adolescentes e o vírus da AIDS infecta
cinco milhões de pessoas ao ano, sendo mais da metade em menores de 24 anos.
De acordo com o IBGE pelo menos ¾ dos adolescentes até 19 anos têm vida sexual ativa, 500 mil se submetem ao aborto e cerca de 600 mil engravidam. A sexualidade é um campo amplo na vida de uma pessoa, abrangendo vários aspectos do ser e do viver. Sexualidade vai muito além do sexo e da transa, daí a sua importância na vida de todos nós.
De acordo com o IBGE pelo menos ¾ dos adolescentes até 19 anos têm vida sexual ativa, 500 mil se submetem ao aborto e cerca de 600 mil engravidam. A sexualidade é um campo amplo na vida de uma pessoa, abrangendo vários aspectos do ser e do viver. Sexualidade vai muito além do sexo e da transa, daí a sua importância na vida de todos nós.
Ao começar a vida
sexual cedo, os jovens ficam expostos a riscos. Por este motivo, orientação e
informação são importantes e podem diminuir as diferenças auxiliando o adolescente
a viver esta etapa com menos dúvidas e medos, permitindo uma vivência com risco
reduzido. Contudo, não são apenas os aspectos educativo e biológico que deve
ser cuidados, pois apesar de inúmeros artigos em jornais e revistas sobre o
ponto G´, técnicas de enlouquecer um homem ou uma mulher na cama e aulas
infindáveis sobre sexo seguro, a verdade é que na chamada ´hora H,´ o jovem se
depara com sua completa ignorância e falta de habilidade diante da sexualidade.
Isso geralmente fica mascarado por atitudes e pensamentos historicamente
reforçados, que em nada contribuem para uma sexualidade plena e feliz.
No
começo os anos 90, quando, o ´ficar, começou a ser uma forma de relacionamento
com a possibilidade de bom exercício da sexualidade, a expectativa era que isso
trouxesse como fator positivo a experiência de se entrar mais em contato com
Eros (amor, paixão, desejo ardente) e te ruma relação a dois mais equilibrada
na descoberta conjunta dos prazeres sexuais. Infelizmente, não foi o que
ocorreu. Ao invés de se extrair mais ou menos experiências do sexo numa
descoberta conjunta tão decisiva na preparação de uma vida sexual mais
prazerosa; o que se vê até hoje é o reforço do lado mais cruel da sexualidade,
próximo da vulgarização, e até ouso dizer, da agressividade onde quem tem mais
poder sujeita o outro aos seus caprichos e desejos. Ao contrário de apenas
enfatizar a performance e a anatomia, a educação sexual deveria se debruçar com
mais intensidade nos aspectos afetivos e emocionais. O envolvimento emocional
deve ser considerado e valorizado como aspecto estimulante da sexualidade. Um
bom relacionamento deve ser enriquecedor. As diferenças podem ser excitantes
desde que respeitadas e o relacionamento deve contribuir, principalmente, para
a autoestima. Além de aulas e palestras, nesse contexto é fundamental o
testemunho dos pais no exemplo de respeito, cumplicidade e qualidade de
vínculo. Fica o alerta para os nossos jovens, que devem rever os conceitos
referentes à sexualidade. E isso pode começar por meio de uma releitura da
educação sexual como está estabelecida, na qual os órgãos sexuais são senhores
absolutos, desdenhando-se ou até mesmo negando-se a participação de aspectos
mais subjetivos e muito importantes como cumplicidade, admiração e respeito.
Enfim... para os mais românticos... amor.
4 comentários:
Anônimo disse...
Poxa a rebeldia de meus filhos levam eles para um abismo, já não sei mais o que fazer para mudar essa situação. Quando eu li essa matéria percebi que ainda posso lutar pelos meus filhos e fazer eles entenderem que a vida é bem mais o que eles se tornaram. Eu sou mãe de três adolescente e fui mãe ainda com 18 anos, talvez seja por isso que eles sejam assim, eu não tive forças para mudar quando necessário. Mas eu irei conseguir.
Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sexo e Juventude":
Poxa a rebeldia de meus filhos levam eles para um abismo, já não sei mais o que fazer para mudar essa situação. Quando eu li essa matéria percebi que ainda posso lutar pelos meus filhos e fazer eles entenderem que a vida é bem mais o que eles se tornaram. Eu sou mãe de três adolescente e fui mãe ainda com 18 anos, talvez seja por isso que eles sejam assim, eu não tive forças para mudar quando necessário. Mas eu irei conseguir.
Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sexo e Juventude":
Se eu quisesse mudar a minha vida de maneira brusca eu não seguiria essa orientação, meus pais tem me dado muitos conselhos e tenho seguido , deixo essa mensagem aos jovens de minha idade, para eles refletirem mais no que estão fazendo de suas vidas, tenho 17 anos e sei que ainda posso melhorar em muito com minhas atitudes. Obrigado mãe, obrigado pai pelos ensinamentos que eu tenho recebido.
Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sexo e Juventude":
Tudo que sei é que essa psicologa está coberta de razão sobre esses jovens de hoje, que bom se meus filhos seguisse esse conselho. Gostei da materia muito boa.
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