quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

RAULIEN QUEIROZ UM ANO SEM O CACIQUE


Hoje 13 de janeiro, completou um ano sem Raulien Queiroz, e até hoje Jacareacanga sente a perda do cacique, um amigo, um parceiro e um grande homem. 

Um dia para não ser lembrado, em um trágico acidente envolvendo três grandes amigos  Odair Veríssimo motorista da caçamba, Vena e Raulien Queiroz na tarde do dia 13 no km 50 da transamazônica,  ponte que destruiu os sonhos dos amigos deixando em pedaços os corações dos familiares das vitimas.

Amigos e parentes não se despediram de Raulien deram apenas um até breve!

Lembrar de Raulien, é ter a certeza da grande ausência que ele nos faz, para ele todos se chamava boca de galo, porém ele tratava sempre com respeito seus adversários políticos por entender que a verdadeira democracia se constrói com atitudes de homens e mulheres que lutam no campo das ideias para consolidar seus propósitos lembrando sempre que o maior aliado é o povo!

Ao passar na ponte onde causou três mortes de homens trabalhadores, e ver as cruzes, nos faz lembrar que estamos nesse mundo apenas de passagem, nesse dia perdemos três pais de família que saíram de suas casas para realizar seus trabalhos e que infelizmente jamais retornarão para os braços de seus familiares.

A perda de um ente querido é a prova mais dolorosa que o Espírito enfrenta em sua breve passagem pela Terra. Como entender um fato que parece fechar todas as portas à esperança? Conviver sem a presença física de quem tanto estimamos?

Controlar a saudade dos mínimos gestos? Saudade essa que ao contrário do que dizem, parece aumentar com o tempo.

Como suportar a voz que se calou trazendo um terrível silêncio? E o que fazer para conter as lágrimas diante das fotografias de um passado que não retorna?

Manter a confiança torna-se tarefa complicada quando o futuro nos parece tão incerto. Sim, será Jesus que segurará nossas mãos nesse momento tão complicado, que com sua infinita bondade, enxugará nossas lágrimas, permitindo que nossos olhos enxerguem outros horizontes.

Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração
Pois seja o que vier 
Venha o que vier 
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar
MILTON NASCIMENTO - Canção da América

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