SUGESTÃO DE PAUTA
RÓTULOS E
ESTIGMAS SOBRE MORADORES DAS PERIFERIAS
Nesta sexta-feira, 4 de setembro, às 18 horas, ocorre a Live de Lançamento do Curta Matei a Lei: confissões ao direito à cidade, com Gláucia Pinto, artista e moradora do bairro da Terra Firme, em Belém. O espetáculo teatral será transmitido pelo Youtube e na página do Facebook da Associação Amazônica Cultura Boi Marronzinho. Para a professora Myrian Cardoso, integrante do Projeto de Pesquisa Saber & Conviver em Baixadas na Amazônia e uma das idealizadoras do Coletivo MultiverCidades da Amazônia, o papel da arte é descontruir rótulos e estigmas impregnados pelo poder econômico ao longo dos vários períodos históricos do Brasil sobre os moradores dos bairros periféricos das pequenas, médias e grandes cidades brasileiras.
A aula de abertura da live será ministrada pelo professor Alex Magalhães, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUS-RJ). O
Curta Matei a Lei faz um recorte voltado para o bairro da Terra Firme, em
Belém, um dos 10 maiores espaços geográficos urbanos da capital paraense
marcados por contradições e a ausência da aplicação de políticas públicas
constitucionais para as famílias contribuintes, porém retrata a realidade de
inúmeros bairros e cidades brasileiras do Oiapoque ao Chuí.
Para a atriz Gláucia Pinto,
formada em Licenciatura Teatral pela Universidade Federal do Pará, a
cidade de Belém tem o quarto pior saneamento brasileiro, o esgotamento
sanitário atinge 0,98% das moradias, cerca de mais de cerca de 60 mil pessoas vivem sem coleta de resíduos
sólidos e o déficit habitacional é altíssimo, sem falar dos efeitos da pandemia
sobre a saúde pública, a precarização das condições de trabalho e o desemprego. “Somos mais de 5.127.747
domicílios ocupados em 13.151 mil aglomerados urbanos no Brasil. A movimentação
econômica atinge 119,8 bilhões por ano.
Somos paradoxalmente contribuintes, mas não somos cidadãos. Somos invisíveis aos olhos dos poderes públicos”, assevera a atriz.
Neste contexto, segundo Joélcio
Santos, sociólogo e ativista cultural Boi Marronzinho da Terra Firme, a arte teatral
estimula o pensar, o saber, o conviver, o participar e a cobrar a efetivação de
políticas nas áreas das baixadas, além de combater os estigmas e preconceitos
contra a periferia, enquanto outras partes da cidade são privilegiadas com
investimentos públicos e privados. “A união entre a sociedade, universidade e
os moradores reforçam as práticas de ensino, pesquisa e extensão, que descontroem
preconceitos e chamam os moradores para assumir o protagonismo das ações em
defesa do desenvolvimento social e humano por meio da arte, cultura, música,
cinema, fotografia e a construção e compartilhamento de múltiplos saberes nos
bairros periféricos”, reflete o ativista cultural.
A apresentação
da live será realizada pela professora Myrian Cardoso e pela discente de
arquitetura da UFPA, Ana Clara Fonseca. Participam
como convidados Nazaré Lima, advogada e
vereadora de Belém, e Jorge Moura, do Conselho de Arquitetura do Brasil (CAU-BR).
Fotos: Grupo
Multivercidades da Amazônia.
Olá Faro Fino, tudo bem? Estou fazendo um frila sobre um curta Matei a Lei: confissões ao direito à cidade, um trabalho teatral que aborda a desconstrução de rótulos e estigmas impregnados pelo poder econômico ao longo dos vários períodos históricos do Brasil sobre os moradores dos bairros periféricos das pequenas, médias e grandes cidades brasileiras. O recorte é o bairro da Terra Firme, em Belém. Envio texto, fotos e contatos para entrevistas.
Agradeço o apoio de sempre.
Bom trabalho.
Kid Reis – Jornalista FreeLancer
MTB-15.633 - SP-SP
Um comentário:
Galera o Curta Matei a Lei foi lançado em LIBRAS Assista, comente, compartilhe e se inscreva no canal https://youtu.be/aVhbrBc6mT4
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