Conflito ocorreu por volta das 11h deste domingo (26).
Uma briga
entre detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) - localizado na
BR-174, em Manaus - neste domingo (26) terminou com 15
mortos. A informação foi confirmada pelo Governo do Amazonas.
O conflito foi confirmado pela Secretaria
de Administração Penitenciária (Seap) às 12h30 (horário local). O Instituto
Médico Legal (IML) foi acionado para realizar a remoção de corpos e três
viaturas foram encaminhadas à unidade.
Rebelião ocorreu na manhã deste domingo (26) no Compaj — Foto: Ive Rylo/G1 AM
Segundo o titular da
pasta, coronel Marcos Vinicius Almeida, os crimes foram cometidos durante o
horário de visitação na unidade. As vítimas foram assassinadas asfixiadas ou
perfuradas com escovas de dentes.
"Não foi rebelião. É
uma briga de internos. Nunca havia acontecido mortes durante visitas. Alguns
morreram dentro da cela com as grades trancadas. Eles cometeram os crimes
também em frente aos familiares", afirmou.
'Não foi rebelião', afirmou titular da Seap — Foto: Rickardo Marques/G1 AM
O secretário informou
também que não houve reféns, agentes feridos ou fuga de detentos. Questionado
sobre denúncias feitas por familiares dos
detentos de que policiais em helicópteros atiraram contra presos,
ele afirmou que os tiros efetuados não foram direcionados a pessoas e serviram
apenas para contenção.
Sobre as motivações para a briga, o titular
da Seap disse que uma investigação foi aberta. Enquanto isso, as visitas à
unidade estão suspensas.
Familiares chegaram a bloquear entrada da unidade — Foto: Ive Rylo/G1 AM
"O Estado não
reconhece facções. Estamos investigando o que teria motivado isso. As câmeras
internas registraram todos os crimes e vamos encaminhar as informações à
Justiça", afirmou.
A Secretaria de Comunicação do Amazonas
(Secom) informou que o Compaj conta com reforço de policiamento nas muralhas,
nos ramais de acesso e na estrada. O secretário de Segurança Pública, coronel
Louismar Bonates, determinou, ainda, reforço em outras unidades do sistema, por
medida de precaução.
Palco de massacre
em 2017
A unidade é a mesma
onde houve uma rebelião que resultou na morte de 56 pessoas em janeiro de 2017.
Na ocasião, a rebelião durou mais de 17 horas e foi considerado pelo secretário
como "o maior massacre do sistema prisional" do Estado.
Em dezembro do ano passado um agente penitenciário foi morto
dentro do Compaj. À época, 12 detentos foram presos suspeitos da
morte.
Reproduzido do G1.AMAZONAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário