quinta-feira, 7 de junho de 2018

ARMÁRIOS, GAVETAS E DRIVES DE COMPUTADORES NÃO JULGAM PROCESSOS

Os membros do Conselho Nacional de Justiça – CNJ não têm poupado esforços criando metas e ferramentas para o judiciário brasileiro se tornar mais célere.
Entretanto as barreias são resistentes, especialmente quando os Tribunais Federais e Estaduais ainda albergam grande número de Magistrados bitolados pelas velhas atitudes de fazer Justiça.
Esses Magistrados com o ego transbordando nas suas atitudes e com ímpeto de extrema grandeza elegem suas prioridades, como se a eles fosse dado o poder supremo de decidir, em muitos casos à margem da lei, quem deve vencer ou perder, morrer ou viver.
Quando se permite que litígios durem décadas, especialmente aqueles que visam coibir malévolos desvios de recursos públicos, estar-se-á permitindo que os corruptos usem e abusem do dinheiro público em detrimento de toda a sociedade.
As eleições de prioridades ainda ficam à mercê das vontades particulares dos que devem administrar os processos e entregar as prestações jurisdicionais que quando vêm já não surtem os efeitos necessários ou redundam em atos de difícil cumprimento em graves prejuízos à coletividade.
Em decorrência dessas mazelas e faltas de compromisso com a celeridade processual que se agiganta ao mesmo passo que a corrupção toma conta do País.
Quando se permite que litígios durem décadas, especialmente aqueles que visam coibir malévolos desvios de recursos públicos, estar-se-á permitindo que os corruptos usem e abusem do dinheiro público em detrimento de toda a sociedade.
Com essa morosidade no julgamento de ações que interessam ao patrimônio público, estão também permitindo que os saqueadores dos cofres públicos se desfaçam dos seus bens para dificultar que devolvam o que ilegalmente se apossaram e ou desviaram.
O Poder Judiciário, elitizado está mais para proteção das regalias inaceitáveis do que para coibir abusos, com as raras exceções de considerado o universo de atua do mesmo.  
Integramos uma população de País rico, mas que se acovarda quando é para defender interesses grupais como forma de assegurar o desenvolvimento econômico e social.
Ao tempo em que se age de forma individualista renegando o direito de pleitear coletivamente que seja assegurado trâmite mais célere para as ações que defendem interesses do povo, contribuímos maciçamente para que os tentáculos da corrupção se estendam ainda mais nos Poderes da República.
Mas o ser humano é assim, individualista, tenta obter vantagem em tudo e é por isto que o Judiciário brasileiro está abarrotado de processos e aqueles que contrariam certos interesses, após instrução vão para os Armários ou Gavetas ou Drives de Computadores das Secretárias dos Magistrados como se eles julgassem processos.
Então somos o País de um povo que quem tem a Caneta decide destinos e quem tem a Chave do Cofre é Rei. Destino pode ser qualquer um, mas o reinado, este é eterno, assim como pretendem que seja a corrupção. POR: DOMINGOS BORGES DA SILVA

Nenhum comentário: