Há
um ano, sírios refugiados ou aguardando registro eram 230 mil.
Mais de 97% estão em países
vizinhos da Síria
O número total de
refugiados por causa da guerra civil na Síria chegou a 2 milhões, informa
nesta terça-feira (3) o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados,
Acnur. De acordo com um informe da agência, não há previsão de melhora na
situação, que já dura dois anos e meio. Após um suposto ataque com armas
químicas, o presidente americano disse estar disposto a promover uma ação
militar limitada no país, mas aguarda o aval do Congresso.
Ainda de acordo com a
Acnur, o número de refugiados representa um salto de quase 1,8 milhões em 12
meses. Há exato um ano, o número de sírios registrados como refugiados ou
aguardando registro era de 230 mil.
A Síria se tornou
a grande tragédia desse século - uma calamidade humanitária lastimável com
sofrimento e desabrigados sem precedentes na história recente", disse o
alto comissário
Antônio Guterres no
documento divulgado pela Acnur. "O único consolo é a demonstração de
humanidade pelos países vizinhos em acolher e salvar as vidas de tantos
refugiados."
Segundo a Acnur, mais de
97% dos refugiados sírios estão em países próximos da Síria. Quase 5 mil sírios
deixam o país todos os dias. Do total de refugiados, 52% são crianças e jovens
com menos de 17 anos.
A enviada especial da
Acnur, a atriz americana Angelina Jolie, disse que o mundo se arrisca a ser
complacente com o desastre humanitário. "O mundo está tragicamente
desunido sobre como acabar com o conflito na Síria. mas deveria haver
concordância na necessidade de aliviar o sofrimento humano [...] Se a situação
continuar a se deteriorar nesse ritmo, o número de refugiados só aumentará e
alguns países vizinhos poderão chegar ao ponto do colapso."
Com a constante pressão
do êxodo, ministros do Iraque, Jordânia, Turquia e Líbano se encontrarão com a
Acnur em Genebra na quarta-feira, num esforço para tentar aumentar a ajuda
internacional.
Outros 4,2 milhões de
sírios se deslocaram dentro do país, de acordo com dados de 27 de agosto da
ONU. G1.com
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