Segundo
Helena Chagas, presidente acompanha ação da polícia.
'Ela está encarando isso como questão normal da democracia', disse.
'Ela está encarando isso como questão normal da democracia', disse.
A ministra da Secretaria de
Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas, afirmou nesta segunda-feira
(17) que a presidente Dilma Rousseff considera "legítimas e próprias da
democracia" as manifestações em várias cidades do país.
"A presidente considera que as
manifestações pacíficas são legítimas e próprias da democracia e que é próprio
dos jovens se manifestarem", afirmou a ministra.
Segundo ela, Dilma está acompanhando
a atuação policial nas cidades, mas "não está envolvida diretamente",
segundo descreveu. Nesta tarde, presidente esteve com o ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, que fez relatos sobre a situação de segurança.
"Ela está encarando isso como
questão normal da democracia", disse Helena Chagas sobre os protestos.
Questionada sobre as vaias recebidas
pela presidente na abertura da Copa das Confederações, no último sábado (15),
Chagas disse que "isso não tem relevância".
Os protestos, iniciados na semana passada em São Paulo por causa do aumento da tarifa de transporte, se alastraram por várias capitais desde o fim de semana. Nesta segunda, as manifestações áreas centrais de Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Maceió, Fortaleza, Belém e Vitória, além de várias cidades no interior.
Os protestos, iniciados na semana passada em São Paulo por causa do aumento da tarifa de transporte, se alastraram por várias capitais desde o fim de semana. Nesta segunda, as manifestações áreas centrais de Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Maceió, Fortaleza, Belém e Vitória, além de várias cidades no interior.
'Alguma coisa a nos dizer'.
Mais cedo, o ministro da
Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, recebeu, no
Palácio do Planalto, representantes do Comitê Popular da Copa, que participaram
de protestos na última sexta e sábado, em Brasília. Após a reunião, ele
defendeu as manifestações e pregou diálogo com os jovens. "Esses jovens
têm alguma coisa a nos dizer. Esses jovens nos apontam angústias e se alcançam
uma grande repercussão de mobilização é porque correspondem ao anseio de muita
gente", afirmou Carvalho, responsável pela interlocução com movimentos
sociais.
Ele disse que o governo está
preocupado em se aproximar dos manifestantes e negou que a onda de protestos
colocarão em risco grandes eventos como a Jornada Mundial da Juventude, evento
católico que ocorrerá em julho no Rio de Janeiro.
O convite para a reunião com o
movimento, contrário aos gastos com a construção do estádio Mané Garrincha, em
Brasília, partiu do próprio ministro. Nos dois dias de protestos na semana
passada, houve conflito entre manifestantes e policiais.
Questionado sobre as vaias que a
presidente Dilma Rousseff levou quando anunciada na abertura da Copa das
Confederações, dentro do estádio, o ministro afirmou que "qualquer
manifestação deve nos chamar a atenção e nos fazer perguntas".
"Houve vaia no estádio e, no
mesmo momento, um grande aplauso à presidenta Dilma aqui nos telões, quase 200
mil pessoas aqui na praça [Esplanada dos Ministérios]. O que significa isso?
Vamos com calma. Vamos entender. Temos que ter a tranquilidade inclusive de não
tirar conclusões precipitadas e compreender que o processo democrático é assim
mesmo. A ditadura que é fácil", disse em entrevista após a reunião.
"A democracia é assim mesmo, é
complexa", afirmou o ministro. "O duro, como já disse a presidenta
Dilma, é o silêncio das tumbas, é o silêncio da repressão. Não vamos encaminhar
por essa vertente", declarou.
Servidores em protestos.
Um dos manifestantes recebidos por
Gilberto Carvalho foi o ex-assessor da Secretaria de Relações Institucionais Gabriel
Santos Elias, que pediu exoneração do cargo em maio e participou dos protestos
da sexta e no sábado.
Ele disse que deixou o trabalho na
Presidência para cuidar de sua carreira acadêmica, mas afirmou que "todo
servidor público tem direito de participar de mobilizações".
Além de Gabriel, o Movimento Brasil e Desenvolvimento, do qual faz parte, tem outros servidores públicos tanto do governo do Distrito Federal quanto do governo federal em seu quadro, segundo informou Edemilson Paraná, um dos integrantes.
Além de Gabriel, o Movimento Brasil e Desenvolvimento, do qual faz parte, tem outros servidores públicos tanto do governo do Distrito Federal quanto do governo federal em seu quadro, segundo informou Edemilson Paraná, um dos integrantes.
"Temos estudantes, profissionais
liberais e alguns, sim, trabalham no governo, mas têm direitos políticos",
disse Edemilson, que condenou o que chamou de "criminalização dos
atos". "Ser exonerado é a menor preocupação que essas pessoas têm.
Estamos preocupados com essa tentativa de difamação". O ministro disse que
o envolvimento de servidores nas manifestações "preocupa
politicamente" o governo, mas ponderou que "todo servidor público tem
direito de fazer sua manifestação fora do horário de expediente com toda
liberdade".
"Se ele cometeu algum ilícito,
será responsabilizado pelo ilícito praticado, mas pra isso precisamos ter
prova, temos que ter comprovação do eventual ilícito", afirmou.
Priscilla Mendes Do G1, em Brasília.
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