De acordo com uma nova pesquisa
as cirurgias de redução de
estômago, que limitam a quantidade de comida que uma pessoa pode
consumir, funcionam melhor do que dietas intensivas nos adolescentes.
Eles
estudaram 50 adolescentes com idades entre 14 e 18 anos. 25 faziam uma dieta
intensa e 25 seriam submetidos a uma cirurgia redutora de estômago. Os
resultados mostraram que a cirurgia funciona bem melhor. Dos 25 que fizeram a
cirurgia, 23 conseguiram perder peso de forma satisfatória.
Já
em relação à dieta intensa, apenas 3 dos 25 jovens conseguiu chegar ao seu peso
ideal.
Segundo
os médicos isso quer dizer que, para atingir a saúde, a cirurgia se mostrou uma
opção mais confiável e durável do que dietas.
Muitos
estudos já foram feitos sobre a eficácia da redução de estômago em adultos, mas
pouco se sabe sobre o procedimento quando é realizado em crianças e
adolescentes.
Todos
os adolescentes do estudo eram severamente obesos (com Indice de Massa Corpórea
maior do que 35 – isso quer dizer que se eles tivessem uma altura de 1,70,
aproximadamente, seu peso seria de 109 quilos). Dois anos depois da cirurgia
eles haviam perdido, em média, 78,8% de seu excesso de peso, ou 28% de seu peso
total, o que significa que estavam na faixa dos 70 quilos.
O
grupo que fez a dieta perdeu apenas 13.2% do excesso de peso e 3% do peso
total, o que indica que estavam, em média, acima dos 100 quilos mesmo depois de
dois anos seguindo a dieta.
Além
de resultados menores na perda de peso, a cirurgia fez com que os participantes
tivessem uma melhora nos níveis de colesterol e de pressão sanguínea. [Reuters]
Cirurgia do estômago é
segura?
Avanços feitos nas cirurgias que auxiliam na perda de peso têm se tornado cada vez mais rotineiras e seguras. De acordo com uma
pesquisa feita com quase 60 mil pacientes no Centro Médico da Universidade de
Duke, nos Estados Unidos, os pacientes que foram analisados mostraram poucas
complicações devido à cirurgia, e uma taxa de mortalidade muito baixa.A
A pesquisa, feita com o maior número
de pacientes já publicada, indica que a taxa de complicações fica em torno de
10%, sendo que a reclamação mais frequente é devido a náuseas e vômito. A taxa
de mortalidade ficou em 0,135%, com apenas 78 mortes registradas em 57,918
pacientes.
“As complicações e taxa de
mortalidade são ainda menores do que as que foram registradas no passado”,
afirma Eric J. DeMaria, vice-chefe do departamento de cirurgia da Universidade.
Aproximadamente 20 mil pessoas fazem a cirurgia bariátrica nos Estados Unidos, fazendo com que a intervenção seja atualmente uma
das cirurgias mais comuns naquele país.
Em uma análise inicial sobre os
pacientes que sofrem a cirurgia para perda de peso, os pesquisadores
descobriram que 94% dos pacientes têm idades entre 19 e 65 anos, e menos de 1%
tem menos que 19 anos. De todos os pacientes que fazem a cirurgia, quase 80%
são mulheres, e 54% das cirurgias são de redução de estômago, enquanto 40% são
de banda gástrica – que não reduz o estômago, apenas restringe o tamanho dele
com a colocação de um balão.
“Este enorme banco de dados irá nos
ajudar a desenvolver diretrizes para pacientes para que saibamos exatamente
quais são os riscos para cada tipo de paciente”, afirma DeMaria. “Ele também
permite que pesquisadores analisem problemas mais incomuns com mais informações
do que antes”, completa. [Science Daily].
Um comentário:
Justo o que procurava sobre cirurgia do estômago
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