Opiniões sobre o aquecimento global
A
Rio + 20 discute as causas e efeitos do aquecimento global e como os
países devem agir para mitigar o que está feito e evitar novos danos.
A
questão é controversa e, embora a maioria dos cientistas afins ensinem
que há um processo de aquecimento em curso, tendo como principal
causador o homem, há aqueles que contestam a assertiva opinando que as
causas são outras que não a ação humana.
Abaixo quatro posições de respeitadas autoridades no assunto:
Richard Lindzen,
renomado físico atmosférico e professor de meteorologia do MIT, não
descarta que o mundo esteja aquecendo, nem que esse aquecimento é
provocado pelo homem, mas pensa que não será preciso fazer nada: o
planeta se equilibrará sozinho.
Lindzen entende
que o aumento de temperatura nos trópicos resultaria na redução da
formação de nuvens. Sem nada no caminho para conter o calor da
superfície, mais radiação escaparia ao espaço, e a temperatura seria
compensada.
Como a íris do olho, que aumenta ou
diminui de tamanho dependendo da quantidade de luz, o clima da Terra se
adaptaria naturalmente à quantidade de calor e gás carbônico na
atmosfera, mantendo o mesmo equilíbrio que se observa hoje.
Henrik Svensmark,
diretor de pesquisas solares do centro de pesquisas espaciais da
Dinamarca, explica o aquecimento da Terra pela cosmoclimatologia, uma
teoria que ele desenvolveu em 2007.
O físico
acredita que o aumento de temperatura da Terra está ligado com a
atividade do Sol e com os raios cósmicos, feixes de energia que surgem
da explosão de estrelas distantes. Se Svensmark estiver certo, o gás
carbônico deixaria de ser o protagonista do aquecimento global e se
tornaria mero coadjuvante.
Svensmark é outro
cientista que tenta acertar o “calcanhar de aquiles” dos cientistas que
defendem o aquecimento global causado pelo homem e suas emissões: a
formação de nuvens.
No livro “The Chilling Stars: A New Theory of Climate Change”, ele
usa a cosmoclimatologia para explicar como os raios cósmicos exercem
mais influência no clima do que o gás carbônico emitido pelo homem.
O
cientista argumenta que, durante os últimos 100 anos, os raios cósmicos
estão mais escassos porque uma vigorosa e incomum atividade solar
impediu que muitos deles atingissem a Terra. De acordo com Svensmark,
menos raios cósmicos significa menos nuvens e um mundo mais aquecido.
Freeman Dyson,
matemático, físico teórico e quântico, astrônomo e engenheiro nuclear,
não tenta dar explicações alternativas ao aquecimento global. Ele
concorda com a tese defendida pela maioria, de que o aquecimento global
está sendo causado pela queima de combustíveis fósseis.
As
críticas de Dyson ao movimento científico em torno do aquecimento
global são de ordem metodológica. Para ele, os atuais modelos que
simulam o clima não levam em consideração fatores importantíssimos, o
que minaria sua credibilidade.
De acordo com o
físico, as projeções traçadas por esses modelos contêm muitos erros e
ainda não podem ser considerados confiáveis. Por causa disso, elas não
poderiam prever, com segurança, o comportamento do clima no futuro.
Dyson
admite que os modelos atuais sejam bons para descrever o movimento da
atmosfera e dos oceanos. Contudo, são péssimos para lidar com as nuvens,
a poeira, a química e a biologia dos campos, fazendas e florestas.
Luiz Carlos Molion,
físico formado pela USP, professor associado da Universidade Federal do
Alagoas, doutor pela Universidade de Wisconsin, nos EUA, pós-doutor
pela Universidade de Wallingford, na Inglaterra, não acredita que a
Terra está esquentando, nem que o homem tenha qualquer papel na mecânica
do clima.
O ceticismo de Molion passa pelos
polos da Terra. Uma das formas de entender como funcionava o clima do
planeta há milhares de anos é analisando a composição química de colunas
de gelo retiradas dos polos. Quanto mais fundo se cava, mais ao passado
se chega. Isso porque o material presente na atmosfera da Terra foi
acumulando lentamente com o passar das eras.
Molion
destaca que dados retirados de colunas de gelo da Antártida mostram que
nos últimos 400.000 anos a Terra teve uma temperatura média de seis a
dez graus mais quente do que agora. Se a temperatura era maior, o gás
carbônico deveria então ser abundante na atmosfera, provavelmente muito
mais do que o observado hoje. Mas não foi isso que as colunas mostraram.
A concentração de gás carbônico era 30% menor que os níveis atuais.
Molion
defende que o clima da Terra é governado pelos oceanos e por fatores
externos, como a emissão de raios gama e a atividade solar. Para ele o
aquecimento global é um instrumento político para frear o
desenvolvimento dos países mais pobres. A Terra, diz, caminha para uma
era glacial. A tendência nos próximos 100.000 anos seria de
resfriamento.
Matéria copiada do blog
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