Ela lembra uma borboleta e fica na frente da laringe, na região conhecida como gogó, e pesa cerca de 30 gramas. Mas sua importância é enorme: a tireoide é responsável pela produção dos hormônios que regulam o metabolismo corporal.
Entenda seu funcionamento
A hipófise, uma glândula localizada no cérebro, libera o hormônio
tiroestimulante (TSH) para incentivar a tireoide a sintetizar o T3 e o T4, os
hormônios tireoidianos que regulam a velocidade do funcionamento do organismo.
São eles que controlam os processos que ocorrem no interior de cada célula,
interferindo, por exemplo, no controle do peso, no funcionamento do sistema
cardiovascular, nervoso e reprodutor. Por isso, quando essa glândula não
funciona bem – acelerando ou retardando esses processos – ocorrem vários danos
à saúde.
As disfunções: hipotireoidismo e hipertireoidismo
“O hipotireoidismo ocorre quando há diminuição da produção dos hormônios
tireoidianos e atinge principalmente as mulheres acima de 30 anos. Entre suas
causas, a mais comum, que corresponde a 90% dos casos, é a Tireoidite de
Hashimoto, uma doença autoimune que ocorre quando o organismo produz anticorpos
que atacam a tireoide”, explica João César de Castro, endocrinologista da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Quem tem hipotireoidismo sofre da
redução dos batimentos cardíacos, sente-se cansado e sonolento. Pode ocorrer
aumento de peso, depressão, menstruação irregular e até mesmo alterações da
pressão arterial. “Quando diagnosticado, o médico poderá recomendar a reposição
do hormônio por meio de medicamento”, conta o médico.
Já o hipertireoidismo ocorre quando há produção excessiva do hormônio
tireoidiano. “Essa disfunção é causada sobretudo pela Doença de Graves, que se
caracteriza pela presença de um anticorpo no sangue que estimula a produção
excessiva desses hormônios. Mas outros problemas, como nódulos e o uso de
medicamentos para emagrecer, podem desregular seu funcionamento”, alerta o
endocrinologista. Entre seus sintomas, podemos citar: ansiedade, insônia,
aumento da frequência cardíaca, sudorese, taquicardia e perda de peso. Segundo
João César, “Depois de diagnosticado, o médico pode indicar medicamentos que
bloqueiem a produção excessiva do hormônio ou aplicação de iodo radioativo ou
cirurgia”.
Para fazer o diagnóstico
“Com um simples exame de sangue, conhecido como dosagem hormonal, é
possível verificar a produção dos hormônios TSH, T3 e T4 e avaliar se os níveis
estão adequados. Além disso, ele consegue identificar a presença de anticorpos
antitireoidianos, que prejudicam o funcionamento da glândula”, explica o
endocrinologista. Se houver alguma alteração nos exames laboratoriais, exames
complementares como a cintilografia, que consiste em um exame de imagem, faz um
mapeamento da glândula e mostra onde ela está trabalhando com menor ou maior
intensidade. O ultrassom, por sua vez, detecta a presença de nódulos
imperceptíveis no exame clínico, indicando detalhes como aspecto e localização.
Estes exames podem fazer parte do seu check up anual, solicitados pelo
endocrinologista – ou até mesmo pelo seu ginecologista. “E durante a consulta,
lembre-se de relatar ao médico todos os sintomas, para que ele possa fazer uma
avaliação completa sobre o funcionamento de sua tireoide”, aconselha João
César. Fonte http://www.portalvital.com
Copiado do Blog infofarmaiespes.blogspot.com
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