O biólogo Daniel De
Granville, que acompanhou fotógrafos chineses, checos e suíços em expedição em
Bonito, em 2010, a 300 km de Campo Grande, registrou em vídeo (logo abaixo da
matéria tem o vídeo) uma das sucuris flagradas no passeio. Na última semana, fotos
divulgadas nas redes sociais destes animais causaram discussão sobre
autenticidade. A cobra filmada embaixo d'água não é a
mesma da imagem divulgada pela internet, mas ainda assim, segundo Granville,
impressiona pelo tamanho. “Durante uma semana inteira de procura conseguimos
localizar cerca de oito cobras de grande porte. Essa do vídeo tem de seis a
sete metros”, diz.
"A cobra filmada embaixo d'água não é a mesma da imagem divulgada pela internet, mas ainda assim, segundo Granville, impressiona pelo tamanho."
De acordo com o biólogo, o inverno é a
melhor época do ano para fazer expedições em busca de sucuris, pois nesse
período, que vai de junho a setembro, aumentam as chances de encontrar esse
tipo de cobra. “O dia ideal é uma manhã ensolarada após uma madrugada fria.
Assim que amanhece, ela [a cobra] sobe para o barranco para ficar no sol”,
afirma De Granville.
Cuidados
Viagens a Bonito com o objetivo de
filmar e fotografar cobras e outras espécies de animais não são abertas ao
públicos e são restritas a pesquisadores e equipes de filmagem. “Temos uma
série de especificações e normas para podermos garantir a segurança da própria
equipe, dos animais e a conservação do meio ambiente. A nossa grande
preocupação é manter este patrimônio para sempre”, afirma o biólogo.
Os locais onde essas imagens são feitas
ficam longe dos atrativos turísticos da cidade. De Granville explica que a
sucuri é um animal tímido e tende a se afastar de locais onde há presença
humana constante. “A possibilidade de encontrar um animal deste porte nos
passeios visitados pelos turistas que vêm à região é muito remota”, diz.
Ainda segundo o biólogo, o animal não
demonstrou agressividade, e que em nenhum momento houve acidentes ou situações
de perigo para a equipe. “É um bicho muito tolerante. Ficamos mais de 40
minutos fotografando, acompanhando”, disse. Caso um turista se depare com uma
sucuri, De Granville lembra que o animal deve ser respeitado em seu habitat. “É
fundamental que não se bloqueie sua rota de fuga ou tente irritá-la através da
manipulação, cutucadas, barulho”, diz.
Fonte da pesquisa - G1
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