ONU |
Foi o ano em que pela primeira
vez uma mulher abriu uma conferência da ONU.
Foi o primeiro ano de mandato
dessa mesma mulher como presidente do Brasil, quando executou uma chamada
“faxina ministerial” que derrubou seis ministros do governo (mais um foi demitido,
Nelson Jobim, da Defesa, mas não por acusações de corrupção, mas por ter falado
coisas que não agradaram). Antônio Palocci (PT) saiu da Casa Civil em junho;
Alfredo Nascimento (PR), dos Transportes, em julho; Wagner Rossi (PMDB) da Agricultura
em agosto, Pedro Novais (PMDB) deixou a pasta do Turismo em setembro, Orlando
Silva (PCdoB) os Esportes em outubro e Carlos Lupi (PDT), da pasta do Trabalho
em dezembro. Pelo mundo, diversas manifestações populares, originárias de
discussões pela internet ganharam voz ativa e crucial a ponto de derrubar
antigos líderes totalitários no Oriente Médio.
Presidente Tunisia |
Em janeiro, o presidente Zine
Ben Ali, da Tunísia, viu-se obrigado a partir em fuga para os Emirados Árabes
depois de 23 anos no cargo.
Presidente Egito |
Em meados de fevereiro Housni Mubarak, que controlava
o Egito, foi obrigado a deixar o poder depois de 30 anos, após uma série de
protestos, principalmente no Cairo, e confrontos na já emblemática Praça
Tahrir.
No Iêmen e no Bahrein, pequenos Estados árabes com comandantes
autoritários, a população também passou a protestar contra os regimes. O
conflito mais longo e dramático tirou de cena Muammar Gaddafi, da Líbia. Após
meses de conflito entre o exército de do ditador e forças rebeldes, Gaddafi havia
desaparecido em agosto de 2011, quando as forças rebeldes finalmente dominaram
a capital Trípoli. Ainda que fizesse declarações que tomaria de volta o poder,
reagindo ao Conselho Nacional de Transição (CNT), estabelecido anteriormente no
país, o ex-ditador já era um nome procurado pelo Tribunal Penal Internacional
de Haia, da ONU, pro crimes contra a humanidade, por conta de sua repressão aos
rebeldes. A cidade de Sirte, local de origem de Gaddafi e último reduto das forças
do ex-ditador, foi tomada pelas forças do novo governo em 20 de outubro de
2011. No mesmo dia, informações davam conta que Gaddafi havia sido capturado,
ferido nas duas pernas. Poucos momentos depois, informações do ministro da
Informação do novo governo líbio, Mahmoud Shammam, relatavam a morte de
Gaddafi.Foi o ano em que tropas americanas, em uma operação secreta em
território paquistanês, localizaram e mataram o terrorista Osama bin Laden. Em
2 de maio o exército invadiu uma propriedade em Abbottabad.
Presidente USA |
O presidente Barack
Obama foi à TV informar que suas forças haviam matado o terrorista, e seu corpo
sepultado no mar. Em 6 de maio de 2011 a Al Qaeda confirmou a morte do líder, e advertiu que
“a felicidade dos americanos se transformará em tristeza”.
Terrorista |
Também afirmava que
possuem uma mensagem de áudio de Bin Laden, gravada uma semana antes de sua
morte, acerca das recentes revoltas no mundo árabe.
Fenômeno |
Em
fevereiro de 2011 Ronaldo “Fenômeno” Nazário pendurou em definitivo as
chuteiras, mas de jeito algum deixou de aparecer em praticamente todo tipo de
mídia. Mesmo que tenha saído do centro de treinamento do Corinthians “como um garotinho
que vai se despedir de seus coleguinhas de escola”, como havia declarado sua
mulher à jornalista Mônica Bérgamo em fevereiro, dentro de pouco tempo ele já
havia criado com sua empresa de agenciamento, com uma bela equipe de
“agenciados”, que inclui jogadores como a estrela Neymar, do Santos e o
talentoso Lucas, do São Paulo F. C.; como se não bastasse, outro de seus
clientes é o invicto Anderson Silva, uma dos mais famosos lutadores do MMA, o
estilo de luta que, em 2011,tornou-se sucesso de público também entre os brasileiros.
No final de novembro, a convite da CBF, Ronaldo também tornou-se coordenador do
Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, tornando-se também, a linha de
frente da CBF frente a cobranças e questionamentos da imprensa.
Presidente CBF |
Um personagem
bastante conveniente também para o presidente da entidade, Ricardo Teixeira,
que nunca teve bom relacionamento com a imprensa, e sofre denúncias de corrupção
vindas de diversos ângulos. O mundo se despediu de Steve Jobs em 2011, o
misterioso e temperamental inventor que deu ao mundo sonhos de consumo que, ao
mesmo tempo, deram sobrevida à indústria fonográfica. Defini-lo assim seria
pouquíssimo: em 1997, quando voltou à Apple, a empresa estava próxima à falência.
Criador da Apple |
Em 2011 era a maior companhia de capital aberto do mundo. Jobs havia saído em
licença médica em 2004, por conta do tratamento contra um tumor maligno no pâncreas.
Retirou-se novamente em 2009 e em janeiro de 2011. Em agosto, resolveu sair de
cena definitivamente, deixando o vice-presidente operacional, Tim Cook, em seu
lugar. Ele já havia substituído Jobs nas vezes anteriores. Em sua carta de despedida,
no entanto, deixou um pedido: Eu gostaria de servir, se o conselho assim
achar compatível, como presidente do conselho, diretor e empregado da Apple. Jobs
morreu em 5 de outubro de 2011, aos 56 anos. A influência de suas
criações pode ser constatada no mundo todo, basta qualquer pessoa sair de casa
e olhar ao seu redor nas ruas. O ano em que o mundo se despediu
de um dos criadores da Apple também foi o ano em que demos adeus à atriz Elizabeth Taylor (23 de março), à problemática
mas encantadora Amy Winehouse (23 de julho), ao ex-vice presidente José Alencar
(29 de março) e também ao escritor, médico e membro da Academia Brasileira de
Letras Moacyr Scliar (27 de fevereiro). Despedimo-nos também de grandes nomes do
teatro brasileiro, como o diretor José Renato (que na verdade se chamava Renato
José Pécora), e dos atores Ítalo Rossi e Sérgio Britto. Em dezembro morreu o
ex-jogador Sócrates, articulista, comentarista e um dos mais importantes nomes
da Democracia Corintiana, reflexo da luta pela redemocratização do país nos
anos de 1980. Mundo estremecido Um terremoto de 8,9 graus na escala Richter atingiu o litoral do Japão em 11 de março de 2011, sexta-feira, às14h46
do horário local (2h46 em Brasília). O tremor, com epicentro no Oceano
Pacífico, a 160 km da costa, provocou um tsunami que chegou a cidades no norte
do país. Até as 10h da manhã de sexta-feira, no Brasil, haviam sido registrados
40 mortos, mas o número aumentava rapidamente.
Terremoto |
Foi o maior terremoto registrado no Japão, e o 7º maior da história mundial ao longo daquele final de semana, dos dias 12 e 13 de março, as evidências reais
do desastre surgiram. Autoridades japonesas estimavam que o número de mortos
estivesse por volta dos 1,6 mil. Os desaparecidos, 10 mil. Outros temores
menores, de 6 graus, ainda eram sentidos em Tóquio, por exemplo. A cada ponto
da escala Richter, considera-se o tremor dez vezes mais forte do que o ponto anterior.
Uma outra preocupação, que permaneceu monitorada por todo o mundo foi o vazamento
de vapor radioativo de uma usina nuclear em Fukushima. Na segunda-feira (14) duas explosões sucederam a primeira, que havia ocorrido no
sábado (12). O governo japonês declarou que um vazamento de fato perigoso era
uma possibilidade “rara”. Entretanto, 170 mil pessoas foram evacuadas de áreas
próximas pelas cidades e levando tudo que encontrava possibilitou cenas
chocantes, e composições tão à usina.
As imagens da água avançando inusitadas
quanto assustadoras, como barcos “encalhados” em telhados das casas. O
terremoto foi tão poderoso que o deslocamento de massa que causou encurtou a
duração do dia terrestre por uma fração de segundo, e mudou a distribuição de
massa do planeta.
Outro tipo de mudança no globo, ainda que somente nos mapas políticos, ocorreu
com a independência do Sudão do Sul, que tornou-se o mais novo país africano.
Divis |
Em 8 de julho de 2011 o Sudão do Sul oficializou sua independência do
resto do Sudão. A capital do novo país, Juba, tomada pela população, festejava
o anúncio na meia-noite e um minuto do sábado. As rádios tocavam
incessantemente o hino nacional, criado por estudantes locais, na véspera do
anúncio oficial. A separação entre as duas regiões era esperada desde 2005,
quando um acordo estabelecia a cisão. Na verdade, o tratado amenizou os efeitos
de uma guerra que acontecia já há 12 anos, com 1,5 milhão de mortos. Em janeiro
de 2011, 99% dos eleitores do Sudão do Sul votaram a favor da separação. Mas estabelecer
datas e número de guerras oficiais, naquele país, é uma tafefa ingrata, quase impossível.
O Sudão sempre foi um país marcado pela violência. Na verdade, na virada do
século, ambos os lado norte, do presidente Bashir, e os rebeldes do sul, liderados
por Garang, entenderam que nenhum dos lados poderia vencer a guerra. Em julho
de 2002 Garang encontrou Bashir pela primeira vez, em Uganda. Por isso o acordo
feito em 2005 estabeleceu uma chance importante para a paz. A constituição
transitória que estabelecia a independência do Sudão do Sul foi implementada
por John Garang. Na verdade o que ficou estabelecido era um plebiscito, a ser realizado
no começo de 2011, que confirmaria com voto popular a separação das duas
regiões. Passada a primeira quinzena de dezembro de 2011, sabia-se que os Estados
Unidos haviam retirado o último pelotão de soldados de solo iraquiano,
encerrando formalmente a ação norte-americana naquele país em 18 de dezembro,
depois de oito anos de conflito, e mais de um trilhão de dólares para o
governo, entre as gestões Bush e Barack Obama.
Presidente Korea do Norte |
Naquele momento também morria
Kim Jong-il, líder da Coreia do Norte que havia sentenciado, por 17 anos, um prosseguimento
do estado stalinista estabelecido por seu pai, Kim Il-sung. Kim Jong-il morreu
dia 17 de dezembro, e seu sucessor deverá ser seu filho mais novo. Tanto o fim
da guerra, como a saída de um líder preso a um modelo. O político
fracassado, trazem a diferentes partes do mundo razões para esperar um futuro
melhor que este presente.
Assim caminha a humanidade.
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