Lavrov: Rússia apóia plano da Liga
Árabe, em que Assad transfere poder a vice
O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse nesta terça-feira (7) que o presidente sírio, Bashar al Assad, prometeu "pôr fim à violência de onde quer que ela venha", além de ter anunciado que um referendo sobre uma nova Constituição será realizado "em breve". Tivemos um encontro muito útil. O presidente sírio nos garantiu principalmente que estava inteiramente comprometido com o fim da violência de onde quer que ela venha. As declarações de Lavrov foram citadas pelas agências russas após a reunião entre as duas autoridades. Está claro que os esforços para pôr fim à violência devem vir acompanhados de um diálogo entre todas as forças políticas. Hoje, o presidente sírio confirmou sua boa vontade em contribuir para este processo. Lavrov também ressaltou que Assad anunciará em breve a data do referendo sobre uma nova Constituição, que já foi concluída. O presidente Assad disse que nos próximos dias vai reunir a comissão que redigiu o projeto da nova Constituição. O trabalho terminou, e, com isso, o calendário para o referendo sobre esse documento muito importante para a Síria deve ser anunciado. Por parte da Rússia, o chanceler afirmou que seu país está disposto a seguir buscando uma solução para o conflito sírio.
Neste sentido, Lavrov disse que queria se basear na iniciativa
da Liga Árabe, que prevê que o presidente Assad transfira seus poderes ao seu
vice-presidente. Confirmamos nossa boa vontade de
contribuir para uma saída de crise baseada na iniciativa proposta pela Liga
Árabe. Segundo o chanceler, a Síria quer que
a missão da Liga Árabe "prossiga seu trabalho e seja ampliada" no
país, onde o regime de Assad reprime manifestações populares há onze meses. A Liga Árabe suspendeu na semana
passada sua missão de observação na Síria, denunciando a escalada da violência,
que, segundo fontes opositoras, deixou mais de 6.000 mortos desde o início da
revolta contra o regime do presidente Assad, em março de 2011.
A tarefa da missão era supervisionar
a aplicação de um plano de saída da crise, que previa, em primeiro lugar, o fim
da repressão. No sábado, poucos dias antes da
visita de Lavrov, Rússia e China vetaram na ONU um projeto de resolução do
Conselho de Segurança apresentado por países ocidentais e árabes, que condenava
a repressão na Síria. O duplo veto suscitou a indignação
dos ocidentais e de vários países árabes. Segundo vários diplomatas e
especialistas ocidentais, este gesto poderia incentivar o presidente Assad a
manter a repressão contra a oposição.
Fonte de informação: R7NOTÍCIAS
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