quarta-feira, 24 de junho de 2015

A história da poeta indígena Márcia Wayna Kambeba

Com certeza você já ouviu falar de Márcia Wayna Kambeba do povo omágua/kambeba, mestra em geografia, escreve poemas, canta, recita e sempre conta para as pessoas a história de seu povo, aqui vamos falar um pouco sobre sua vida, sua trajetória, e sua luta junto aos povos indígenas.
Foto: Márcia Kambeba
     Márcia vieira da silva artisticamente conhecida por Márcia Wayna Kambeba, nascida em 1979 no alto Solimões (Amazonas), em uma aldeia chamada Belém do Solimões pertencente ao povo ticuna, convivendo com o povo ticuna até aos 8 anos de idade ela e sua família deixaram a aldeia por motivos de saúde e foram em busca de melhorias. Márcia conta que na época as casas eram feitas de palha e as ruas não eram asfaltadas, ela guarda na lembrança as histórias contadas pelos mais velhos, os contos e as danças.
  Saindo de Belém do Solimões, Márcia foi morar em são Paulo de Olivença que antes foi a maior aldeia do seu povo de origem os kambeba, sua avó era poeta, dentro da possibilidade dela produzia versos e Márcia com 8 anos de idade cantava, fazia discursos quando apareciam autoridades em sua cidade, nascia ai a paixão pela poesia e também pela música.
   “Como toda criança estudei o ensino fundamental e médio, com 12 anos de idade fiz minha primeira poesia também fiz composições, músicas para mim mesma nada ainda para o público, com 14 anos eu já comecei a trabalhar em rádio, como radialista fiz o programa chamado “18: horas, hora da prece”, pois sou católica e na época não existia rádio eu fazia com o módulo de bocas de ferro, depois chegou na minha cidade uma rádio,uma fm comunitária comecei a fazer programas de entrevistas com personalidades da cidade, políticos, vereadores e visitantes de fora, era um programa informativo onde também tocava músicas era chamado “entre amigos”, fiquei 10 anos na rádio foi o que me ajudou a educar a minha voz e poder usa-la dentro do que eu quero que hoje é trabalhar com poesia, na época eu cantava e fazia shows com amigos em barzinhos, aos 15 anos eu comecei a roteirizar e a fazer peças de teatro, pois na escola onde comecei a me alfabetizar trabalhava na gente a paixão pelo teatro, atualmente eu roteirizo peças de teatro e também trabalho atuando nas peças e também em filmes.” Conta Márcia 
   Saindo de São Paulo de Olivença, Márcia foi morar em tabatinga (Amazonas), onde iniciou sua faculdade estudou geografia e começou a lutar pela valorização da cultura indígena, desde dos 12 anos de idade ela já compreendia a importância de mostrar para o outro a real cara dos povos indígenas que não é mais de esta em aldeias e muito menos de falar errado.
   “Os povos indígenas são educados, se expressam bem, falam bem e se muitas vezes trocam uma palavra por outra não é porque são ignorantes ou desconhecedores dessa realidade, tem indígenas que já rodaram o mundo se hospedaram em hotéis de luxo mas continuam mantendo a simplicidade de ser quem são, sem perder a sua identidade mantendo sempre o pé no chão, eu ando em outros estados e tenho essa convicção que outros parentes (nós indígenas nos tratamos assim como parentes), então nós buscamos informação na escola do branco justamente pra isso, pra poder informar e fazer a pessoa conhecedora de que nós não somos esses desconhecedores de cultura, nós temos um saber que nem toda escola pode fornecer a todo mundo” Declarou Márcia.
    Em tabatinga terminou a sua graduação, as dificuldades enfrentadas ao longo da faculdade foram que na sua época não tinha cota, ela realizou a prova normalmente concorreu a nível de estado e foi a primeira aluna da UEA (Universidade do Estado do Amazonas). Ela lembra que não tomava café e muito menos almoçava, apenas jantava pois economizava o dinheiro para comprar apostilas obrigatórias para seu estudo, imediatamente Márcia teve a ideia de voltar com o seu trabalho em rádio e saiu oferecendo o seu trabalho nas emissoras, nas rádios da Colômbia, Peru e Brasil, pois ela estava em um município que faz fronteira com Peru e Colômbia chamado “tabatinga”, em pouco tempo Márcia foi aceita em uma rádio onde começou a trabalhar como radialista, sua paixão também é pela famosa rádio, só que atualmente como o seu trabalho exige que ela faça viagens, isso impedi que ela possa trabalhar fixamente em um só lugar com a profissão de radialista. Em Manaus a mesma foi em busca de seu mestrado, chegando lá fez especialização em Educação ambiental em uma faculdade particular, logo em seguida foi tentar o mestrado na UFAM (Universidade Federal do Amazonas), conquistou o segundo lugar, ganhou uma bolsa de estudo e essa bolsa foi o suficiente para ela desenvolver sua pesquisa com o seu povo os kambeba em uma aldeia localizada á 40 km distante de Manaus, o trabalho foi super gratificante onde rendeu uma pesquisa ótima e uma defesa excelente com o privilégio de ter ganhado 10 pontos de cada professor na banca de defesa, classificando assim a pesquisa não como um trabalho mas sim como um documento.
   “A importância da universidade na vida do indígena é essa no registro para com sua memória na contribuição que nós damos ao nosso povo em voltar ao nosso lugar de origem levando informações, conhecimento e contribuindo também para que esse povo continue caminhando lutando, fortalecendo a sua cultura dentro do que nós chamamos de conhecimento ancestral e cultura material e imaterial” disse Márcia.
    De Manaus Márcia veio morar em Belém do Pará onde casou e teve um livro escrito aqui em Belém o “AY KAKYRI TAMA”  esse livro tem o objetivo de informar como os povos indígenas vivem, como estão os povos indígenas hoje em dia, citando as suas aldeias se fazem uso das tecnologias, ressaltando a preocupação dos povos com a natureza  onde sempre cuidam para que o outro possa usufruir. Os povos indígenas não gostam de ser chamados de índios, pois eles dizem que essa palavra carrega negatividade e realmente como vemos hoje em dia a palavra “índio” gera um certo preconceito então fica a dica “cada povo tem seu nome”, essa palavra “índio”  não os pertencem chamamos de povo, povo como kambeba, ticuna e por ai vai.
Vejamos uma poesia de Márcia com relação a esse assunto: 
   “Não me chame de índio porque esse nome nunca me pertenceu, nem como apelido quero levar o erro que Cabral cometeu, por um erro de rota senhor Cabral em meu solo desembarcou e com desejo de nas índias chegar com o nome de índio me apelidou esse nome me traz muita dor uma bala em meu peito transpassou, meu grito na mata ecoou meu sangue a terra jorrou”.    
   A história de Márcia Wayna Kambeba é uma história de muita luta aqui contamos um pouco da vida dessa indígena que tanto batalhou e ainda batalha pelo seu povo, ganhou meu respeito e minha admiração, parabéns à todos os povos indígenas que lutam para conquistar cada vez mais seu espaço.
Confira agora uma mensagem deixada por Márcia:    
   “Quero agradecer todo o carinho que recebo em Belém do Pará onde fui muito bem recebida pelo mundo poético daqui, pelos artistas e parceiros Ivan Cardoso, Joelma Claudia, Aline Queiroz entre outros. Está em Belém é um prazer muito grande, meu trabalho expandiu alcançou novos horizontes se encontra até fora do Brasil graças a deus, e eu tenho prazer de ter dentro dos meus amigos compositores, parceiros de composição, Edu Toledo do Rio de Janeiro (pianista, compositor, ator), futuramente vou está lançando meu CD com a produção do Edu, Agradeço ao Robertinho silva (baterista), Laila Rosa na Bahia ( violinista compositora e cantora) entre outros. Hoje tenho uma alegria imensa do meu trabalho ter alcançado o mundo artístico dessa forma e está sendo muito bem aceito e onde eu vou eu levo o carinho desse povo paraense, digo que sou do Amazonas mas meu coração é Paraense levando o Pará no meu peito, procuro representar o Pará e o Amazonas fiz uma homenagem para Belém do Pará com um poema chamado “ Belém indígena, Belém cabocla” é uma forma de dizer obrigada Belém, obrigada Pará por esse carinho  e contribuição na arte que eu represento da cultura indígena, obrigada a todos os povos indígenas que compõem a região do Pará".
EM BREVE:
As músicas de Márcia e seu parceiro Edu Toledo estarão em um filme chamado “Os Breves” gravado em Breves e que fala do encontro do indígena com o branco em uma situação de dor e luta.  Texto: Liliane Marques.
Connect Pará

sexta-feira, 19 de junho de 2015

BLOG DA SEMAI - SABERES DA TERRA FORMA INDÍGENAS MUNDURUKU EM JACAREACANGA

Ontem aconteceu na aldeia indígena Muiuçuzão a 40 km da sede do município de Jacareacanga, a 1ª formatura de 2015 SABERES DA TERRA, coordenada pela secretaria de educação SEMECD que durante dois anos trabalhou de forma incansável a capacitação desses alunos que souberam aproveitar cada dia do ano letivo seus aprendizado, e durante todo dia houve varias modalidades esportivas e uma vasta premiação aos participantes das modalidades educacionais.
Estiveram presentes na solenidade de formatura o vice prefeito Roberto Crixi, os secretários Francisco Vieira e assessores (OBRAS) Ivânio Alencar e assessores (SEMAI) Vereadores Elinaldo Krixi, Adonias Kabá e Acélio Aguiar presidente da câmara, onde foram convidados pela organização para participar do evento que contou com varias apresentações culturais do povo munduruku. 
Parabéns a todos as professoras do Saberes da Terra pela belíssima apresentação dos alunos. Texto e Fotos Alesson Nascimento
Reproduzido do Blog da SEMAI
MAIS INFORMAÇÕES
ALUNOS DA ALDEIA MUIUÇUZÃO RECEBEM CERTIFICAÇÃO DO PROGRAMA SABERES DA TERRA.
Na quinta-feira (18), nove alunos da Aldeia Muiuçuzâo, no município de Jacareacanga – PA, receberam o certificado de conclusão do curso de qualificação profissional e conclusão do ensino fundamental, por meio do Programa Projovem Campo: Saberes da Terra da Amazônia paraense. O Programa ProJovem Campo, é uma ação do governo federal, implementado pelo Ministério da Educação por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão/SECADI e da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica/SECTEC.

Para o professor e morador da aldeia, Afredo Painhum “Não são apenas 09 alunos da aldeia que conquistam a formação do programa, e sim toda comunidade indígena, já que os benefícios e conhecimentos adquiridos estão a serviço do bem comum.”
“O curso utiliza os saberes indígenas para desenvolver o programa pedagógico, permitindo com que os alunos se identifiquem com os conteúdos discutidos durante a formação. Outro desafio é a comunicação, já que os moradores da aldeia não falam português, assim, contamos com a presença de um professor indígena, que faz as traduções” ressalta Iracema Krakeker – Professora do programa saberes da Terra.
Segundo o coordenador do programa em Jacareacanga, professor Jailson Barreto, diz que “A formação começou em 2013 aqui em Jacareacanga, tendo a Aldeia Muiuçuzão como piloto, para que os indígenas possam aprimorar sua produção agrícola e artesanal, além de concluir o ensino médio sem ter de sair da aldeia, absorvendo os conteúdos a partir da sua dinâmica e cultura”
O “ProJovem Campo - Saberes da Terra”, oferece qualificação profissional e escolarização aos jovens agricultores familiares de 18 a 29 anos que não concluíram o ensino fundamental. O programa visa ampliar o acesso e a qualidade da educação à essa parcela da população historicamente excluídas do processo educacional, respeitando as características, necessidades e pluralidade de gênero, étnico-racial, cultural, geracional, política, econômica, territorial e produtivas dos povos do campo.
Desde 2013, quanto iniciou o programa Saberes da Terra, teve o apoio da Secretaria de agricultura e Mineração; Secretaria de infraestrutura e obras; Secretaria municipal de assuntos indígenas e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER/PA, com a coordenação da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto – SEMECD.
Fonte: ASCOM/PMJ

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Ninguém pode garantir sua segurança na internet!

Não basta ter cuidado com aquilo que você publica online. Curtir, compartilhar e retuitar também podem prejudicar muita gente. Na roleta russa da internet, esse tipo de interação já arruinou vidas e levou a condenações na Justiça. Está com o dedo no gatilho? Então pense bem antes de clicar.
Você conhece a história de alguém que se deu mal por causa de algo que publicou - ou foi publicado - na internet. Pode ser aquela foto constrangedora do funcionário. Um comentário muito idiota, dificilmente dito em voz alta. Tem também o vídeo íntimo, gravado em um momento de empolgação, e o print daquela conversa no WhatsApp, quase tão secreta quanto o tal vídeo. Se a criação desse conteúdo exige cautela, o mesmo vale para quem curte e compartilha o material. Oh, yeah. Seu riso ou gesto de indignação, traduzido naquele joinha com jeitão inocente, pode contribuir para arruinar vidas. Em alguns casos, até acabar com elas.
A acusação é forte e você tem todo o direito de achá-la exagerada. Há também quem argumente que o autor mereça essa superexposição, equivalente ao tamanho de sua besteira. O problema é que, no tribunal chamado internet, as regras não são claras. Um mesmo conteúdo pode passar despercebido ou gerar reações das mais indignadas. E qualquer um pode parar no banco dos réus por um descuido tão pequeno quanto um tuíte. Independentemente do crime, a sentença vai de leve (um ou outro "kkk") até o grau avançado de hostilização, incluindo aí ameaças de morte. Com o agravante de toda essa história ficar registrada na rede para sempre.






A prática de humilhar publicamente leva o nome de shaming (envergonhar, em português), uma subdivisão do já conhecido bullying. A ação tem crescido na internet e ganhou destaque com o recente lançamento do livro "So You've Been Publicly Shamed" (Então Você foi Publicamente Humilhado, em tradução livre), do jornalista inglês Jon Ronson. É dele o tapa na cara dos internautas: quando o shaming é feito a distância, como drones remotamente controlados, ninguém tem a dimensão dos danos causados. E essas mesmas pessoas ignoram a força do poder coletivo. "O floco de neve nunca se sente responsável por causar a avalanche", compara Ronson, batendo agora na outra face. Ai!
Você pode nunca ter tido a intenção de praticar shaming. Mas sejamos honestos: o censorzinho da maldade está em plena atividade quando se compartilha a desgraça alheia. É ou não é? Claro que existe gente disposta a constranger e ridicularizar qualquer criatura viva do planeta, mas não foram eles que colocaram o vídeo íntimo daquela desconhecida no seu grupo do WhatsApp. Atribuir essas atitudes a pessoas declaradamente mal-intencionadas seria eximir nós e nossos amigos do mal que circula em nossas próprias timelines. Se o conteúdo está lá, é porque esse bando de gente "de bem" o compartilha. E também o consome, fazendo a engrenagem girar.
Ao comentar recentemente como foi massacrada após envolver-se com o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, a hoje ativista social Monica Lewinsky, 41, apontou para a existência de um mercado online movimentado pela humilhação pública: quanto mais vergonha, mais cliques. Monica se considera a primeira pessoa a perder a reputação pessoal de forma quase instantânea, em escala global, com o empurrão da internet. Ela admite seus erros, mas classifica a reação como sem precedentes. "Essa pressa por julgar promovida pela tecnologia cria multidões de atiradores de pedras virtuais. " No evento onde falou sobre o preço da vergonha, emocionou o público e foi aplaudida de pé. Mas na internet, sem o olho no olho, foi só tiro, porrada e bomba.

 "É uma ferida aberta que nunca vai fechar"
A jornalista Rose Leonel teve suas fotos íntimas divulgadas por um ex-namorado após o fim da relação. Ela conta como essa exposição, sem prazo de validade, devastou sua vida e a de seus familiares.
Reproduzido de:  http://tab.uol.com.br/humilhar-internet/ 
Titulo- FARO FINO

domingo, 14 de junho de 2015

FBI INFORMA QUE BRASIL VENDEU O JOGO DA ALEMANHA NUM ESQUEMA DE CORRUPÇÃO

VERGONHA NACIONAL
Informação do FBI que estão sendo levantadas nos EUA é o que o chefe da CBF ( Brasil ) preso pela Polícia Americana está envolvido no resultado do jogo entre Brasil e Alemanha. A histórica goleada na semifinal da Alemanha sobre a seleção brasileira pode ter envolvido milhões de dólares, onde cada jogador recebeu sua parte. Dentro de 30 dias será divulgado um balanço que poderá acabar com a vida profissional de muitos jogadores brasileiros reconhecidos pelos torcedores, afirmou o FBI. O esquema pode sobrar até para Rede Globo de Televisão.(texto sem correcção ou alteração)
“Dane-se o torcedor, vamos garantir o nosso. É melhor um na mão que dois voando” Segundo a FIFA uma frase que vai doer no coração dos brasileiros apaixonados por futebol.
Vários e-mails atualmente “denunciam” a venda desta Copa nas redes sociais. Os textos apresentam detalhes distintos, mas quase todos partem do mesmo autor: Gunther Schweitzer, o mesmo homem que denunciou a venda da Copa de 1998. Em alguns textos, Schweitzer é apresentado como diretor de jornalismo dos canais ESPN. Em outros, o nome aparece com o mesmo suposto cargo de 16 anos atrás: diretor da Rede Globo.
Além da troca de favores entre Brasil e Fifa, outra “questão” foi levantada nos últimos dias: a de que Neymar não teria efetivamente se lesionado na partida contra a Colômbia. Sites brasileiros e colombianos divulgaram imagens da chegada do atleta ao hospital de Fortaleza. Nelas, o paciente aparece com o rosto coberto e sem as tatuagens que o atacante possui no braço direito. Houve ainda quem adaptasse a história e afirmasse que Neymar simulou a lesão, pois foi o único que não concordou em vender a Copa à Fifa.
O jornal italiano “Corriere dello Sport” estampou na capa de sua edição desta sexta-feira que a Copa de 2002 teve resultados manipulados por árbitros, em favorecimento à Coreia do Sul. Entretanto, a manchete da publicação faz mais barulho do que sua reportagem.
O jornal afirma apenas que “um dia, talvez” as investigações sobre a Fifa descobrirão “ligações com a Copa do Mundo de 2002″, especialmente ao juiz equatoriano Byron Moreno, que teve arbitragem polêmica do jogo das oitavas de final contra a Itália, no qual mostrou cartões vermelhos e anulou um gol da Azzurra. O jornal lembra que o senador Raffaele Ranucci, chefe da delegação italiana naquele mundial, já havia denunciado possível favorecimento à Coreia do Sul, uma das sedes em 2002.
Na ocasião, os coreanos chegaram até a semifinal e eliminaram Portugal (fase de grupos), Itália (oitavas de final) e Espanha (quartas) – em jogos com polêmicas de arbitragem. O país sediou o Mundial junto com o Japão e terminou em quarto lugar.
A derrota por 2 a 1 para Coreia do Sul é lamentada até hoje pelos italianos. Na ocasião, o árbitro equatoriano Byron Moreno anulou um gol claro de Tommasi que daria a classificação à Azzurra – o lance aconteceu na prorrogação, numa época que o gol de ouro fazia parte do regulamento.
A Espanha também reclamou bastante. O árbitro egípcio Gamal Al Ghandour, o ugandês Ali Tomusange e o trindadense Michael Ragoonath, seus auxiliares, anularam dois gols legítimos, um de Fernando Morientes e outro de Iván Helguera, que dariam a vitória e a classificação aos espanhois para a semifinal da Copa. A Coreia do Sul, na época treinada pelo holandês Guus Hiddink, acabou beneficiada e conseguiu sua melhor campanha na história dos Mundiais com a classificação nos pênaltis.
FBI informa que Brasil vendeu o jogo da Alemanha num esquema de corrupção
Um dos focos das investigações da Justiça americana sobre o escândalo de corrupção na Fifa são transações comerciais em que a Rede Globo, da família Marinho, atua diretamente há décadas; parceira incondicional da Fifa desde o mundial 1970, a Globo é detentora da transmissão no Brasil de praticamente todos os eventos investigados pelo FBI: Copa do Mundo, Libertadores, Copa América e até a Copa do Brasil; o elo mais forte entre Globo e Fifa é o brasileiro José Hawilla, da Traffic Group, que assumiu os crimes de extorsão, fraude, lavagem de dinheiro e vai devolver US$ 151 milhões; além disso, J. Hawilla é dono da TV TEM, maior afiliada da Globo no país; apesar das ligações perigosas, a Globo se limitou a dizer, no Jornal Nacional, que “o ambiente de negócio do futebol seja honesto”; também afirmou que “sobre essas empresas de mídia não pesam acusações ou suspeitas”.
Segundo a polícia federal (FBI) e a receita federal americanas, as investigações na Fifa tiveram início por causa do processo de escolha das Copas do Mundo de 2018, na Rússia, e de 2022, no Catar, mas foi expandida para analisar os acordos da entidade nos últimos 20 anos.
A investigação atua em várias frentes. Sobre a compra dos direitos de transmissão o esquema funcionava basicamente assim: para ter contratos de direitos de transmissão de eventos organizados pela Fifa, como a Copa da Mundo ou Copa Libertadores, empresas de marketing esportivo pagavam propinas milionárias aos dirigentes da Fifa. De posse dos direitos de transmissão, as empresas revendia-os a grupos de comunicação do mundo todo. Só em relação aos direitos de transmissão da Copa América de 2015, 2019 e 2023, a Datisa, formada formada pela Traffic, do brasileiro J. Hawilla, e duas companhias sul-americanas, aceitou pagar US$ 352,5 milhões e mais US$ 110 milhões em propinas para os presidentes das federações sul-americanas. A Rede Globo comprou da Datisa os direitos de transmissão da Copa América no Brasil.
A empresa da família midiática mais rica do planeta não é citada nas investigações do FBI. Mas faz transações com a Fifa sobre transmissão de eventos esportivos desde o mundial de 1970. Em 2012, a Globo anunciou a compra dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018, na Rússia, e de 2022, no Catar. Os valores dos negócios não são divulgados oficialmente.
Na época do anúncio, o presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho, comemorou a compra da transmissão dos mundiais. “Por mais de 40 anos, a Globo e a Fifa desenvolveram uma parceria muito frutífera, que trouxe ótimos resultados para ambas as partes. Durante todos estes anos, a Fifa conseguiu fazer do futebol o esporte mais popular, com um grande público em todo o mundo, e a Globo se sente orgulhosa de ser parte desta história. Por esta razão, nós estamos orgulhosos de prolongar esta parceria’, afirmou Marinho.

J. Hawilla, parceiro dos Marinho

Entre a Fifa e a Globo aparece um elo de ligação que é peça chave nas investigações de corrupção das autoridades americanas: o empresário José Hawilla, dono da Traffic Group, maior empresa de marketing esportivo da América Latina.J. Hawilla, como gosta de ser chamado, confessou à Justiça dos EUA ser culpado pelos crimes de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça – ele é o único brasileiro entre os réus confessos declarados culpados pela Justiça dos EUA. Ele se comprometeu a devolver US$ 151 milhões de seu patrimônio – US$ 25 milhões deste total já teriam sido pagos no momento da confissão. O mandatário da Traffic já foi classificado diversas vezes pela imprensa nacional como “dono do futebol brasileiro”.
A ligação entre J. Hawilla e a família Marinho inclui a transmissão de eventos esportivos de peso. A Traffic teve exclusividade na comercialização de direitos internacionais de TV da Copa do Mundo da Fifa no Brasil, em 2014. A empresa de J. Hawilla é a atual responsável pelos direitos de torneios como a Copa Libertadores, cujo direito de transmissão foi comprado pela Rede Globo.
Além relações perigosas no futebol, Rede Globo e J. Hawilla têm parceria comercial também nas Comunicações. Ex-repórter da área de esportes, ele se tornou afiliado da Rede Globo a partir da Traffic. Em 2003, ele fundou a TV TEM, no interior de São Paulo – hoje a maior subsidiaria do grupo, cobrindo 318 municípios e 7,8 milhões de habitantes, alcançando 49% do interior paulista. J. Hawilla também comprou, em 2009, o “Diário de S.Paulo”, mas vendeu o jornal logo em seguida.

Sonegação na Copa de 2002

A Rede Globo criou um “antecedente criminal” em sua relação comercial com a Fifa, intermediada por empresas como a Traffic. A emissora disfarçou a compra dos direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e Japão, da qual o Brasil foi campeão.
A engenharia da Globo para disfarçar a operação envolveu dez empresas criadas em diferentes paraísos fiscais. Todas essas empresas pertencem direta ou indiretamente à Globo, segundo os documentos. O esquema funcionava de modo que o dinheiro para a aquisição dos direitos era pago através de empréstimos entre empresas pertencentes à Globo sediadas em outros países. Deste modo, a empresa brasileira TV Globo, não gastava dinheiro diretamente com a operação. Posteriormente, as empresas que detinham os direitos de transmissão eram compradas pela TV Globo.
“Essa intrincada engenharia desenvolvida pelas empresas do sistema Globo teve, por escopo, esconder o real intuito da operação que seria a aquisição pela TV Globo dos direitos de transmitir a Copa do Mundo de 2002, o que seria tributado pelo imposto de renda”, afirma em relatório do processo o auditor fiscal Alberto Sodré Zile.
A artimanha fiscal resultou na sonegação de R$ 183,14 milhões, em valores da época. Segundo a Receita Federal, somando juros e multa, o valor que a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$ 615 milhões.
Em 2013, o blog O Cafezinho divulgou 29 páginas do processo da Receita Federal contra a Rede Globo. O relatório divulgado comprova que as organizações Globo criaram um esquema internacional envolvendo diversas empresas em sedes por todo o mundo para mascarar a compra dos direitos da Copa de 2002. O objetivo principal seria o de sonegar os impostos que deveriam ser pagos à União em pela compra dos direitos (leia mais).

Via Bonner, Globo diz querer “futebol mais honesto”

A única manifestação da Rede Globo até o momento sobre o escândalo na Fifa foi um editorial lido por William Bonner no “Jornal Nacional” nessa quarta-feira, 27, quando a emissora ressaltou que apoia as investigações promovidas pela justiça americana.
“A TV Globo, que compra os direitos de muitas dessas competições, só tem a desejar que as investigações cheguem a bom termo e que o ambiente de negócio do futebol seja honesto. Isso só vai trazer benefícios ao público, que é apaixonado por esse esporte, e às emissoras de televisão do mundo todo, que como a Globo fazem um esforço enorme para satisfazer essa paixão”, acrescentou Bonner.
No “Jornal da Globo” desta quarta (29), também disse que “não pesam acusações ou suspeitas sobre as empresas de mídia de todo o mundo que compraram desses intermediários os direitos de transmissão”, caso da Globo.(APC:news) Fonte: Rius.com.br
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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Curiosidades do Mundo

Transporte com tração humana
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Moto Ganço 
Moto Banana
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Transporte Coletivo
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Parangolé 
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