sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Laudo inicial da perícia aponta asfixia como causa da morte de homem negro espancado em supermercado em Porto Alegre

Corpo foi liberado na tarde desta sexta-feira (20); laudo final deve ser concluído nos próximos dias. João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi morto em uma unidade do Carrefour nesta quinta-feira (19). PM e segurança estão presos preventivamente.

Por G1 RS

Veja imagens de João Beto dentro do supermercado de Porto Alegre

Veja imagens de João Beto dentro do supermercado de Porto Alegre

As análises iniciais do Instituto Geral de Perícias do RS (IGP-RS) apontaram para a possibilidade de asfixia como causa da morte do homem negro espancado nesta quinta-feira (19) em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre.

Segundo o IGP, estão previstos outros exames laboratoriais, e os laudos definitivos devem ser concluídos nos próximos dias. O corpo foi levado aos Departamentos de Criminalística e Médico-legal ainda na noite desta quinta. A liberação ocorreu na tarde desta sexta-feira (20).

João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado e morto por dois seguranças brancos na véspera do Dia da Consciência Negra. Ele fazia compras com a esposa quando teria ocorrido um desentendimento com uma funcionária do local. Ela chamou a segurança, que levou João Alberto para o estacionamento, onde ocorreram as agressões (assista ao vídeo acima).

Os dois agressores – o policial militar Giovane Gaspar da Silva, de 24 anos, e o segurança Magno Braz Borges, de 30 – foram presos em flagrante e tiveram a prisão preventiva decretada na tarde desta sexta.

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Magno é funcionário terceirizado do supermercado. Giovane é policial militar temporário e por isso, segundo a Brigada Militar (como é chamada a Polícia Militar no RS), não poderia estar trabalhando no local.

David Leal, que assumiu a defesa de Giovane, diz que seu cliente relatou que João Alberto "estava alterado" e "deu um encontrão em uma senhora" no supermercado. Disse ainda que a vítima desferiu um soco contra Giovane, no relato do preso.

O advogado William Vacari Freitas, que defende Magno, disse ao G1: "Vamos aguardar o resultado das perícias e das demais investigações". Veja Mais Aqui!

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