Ex-governador de MG, político do PSDB desviou recursos públicos no esquema que foi a gênese do "mensalão" do PT
Azeredo foi condenado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro
A Justiça de Minas Gerais condenou o
ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) a 20 anos e 10 meses de prisão pelos
crimes de peculato e lavagem de dinheiro. A sentença foi dada em primeira instância, nesta quarta-feira
16, pela juíza da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Melissa Pinheiro
Costa Lage. Cabe recurso.
Os crimes foram cometidos durante sua
campanha pela sua reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998. Pela
sentença, a prisão será inicialmente em regime fechado. O processo contra
Azeredo estava sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF) até março de 2014,
quando a Corte decidiu que a Ação Penal 536, conhecida como "mensalão
tucano", seria julgada pela Justiça de Minas Gerais.
Eduardo Azeredo renunciou ao mandato
parlamentar em
fevereiro do ano passado, após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
apresentar as alegações finais no processo, última fase antes do julgamento,
pedindo a condenação do ex-deputado a 22 anos de prisão.
Nas alegações finais, o
procurador-geral disse que Azeredo atuou como “um maestro” no esquema,
desviando recursos públicos em benefício próprio para financiar a campanha
política. Janot ressaltou que a prática dos crimes só foi possível por meio de
um esquema criminoso montado pelo publicitário Marcos Valério, condenado na Ação Penal 470, o
processo do "mensalão".
Em nota, o PSDB disse que a decisão da Justiça
"surpreendeu" e que confia que Azeredo poderá provar sua inocência em
instâncias superiores.
Confira a íntegra da nota do partido:
"A decisão de primeira instância
em relação a Eduardo Azeredo surpreendeu a todo o PSDB, que conhece a
trajetória política e a correção que sempre orientou a vida do ex-senador e
ex-governador. Respeitamos a decisão da Justiça, mas estamos confiantes de
que nas instâncias superiores o ex-senador possa apresentar as razões de sua
inocência e haja reavaliação da decisão."
*Com informações da Agência Brasil
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