Cheia
do Tapajós castiga Jacareacanga
O
município de Jacareacanga vivencia uma das maiores cheias do Tapajós na última
década. A sede do município já começava
a sentir o efeito da maior enchente em dez anos. Segundo a Coordenadoria Municipal
de Proteção e Defesa Civil-COMPDEC, o nível do Tapajós já ultrapassou os 8
metros de seu leito normal e já somam 58 famílias atingidas pela enchente só na
sede do município.
Para
o coordenador da COMPDEC de Jacareacanga, José da Silva Cavalcante são 240
pessoas desalojadas entre elas muitas desabrigadas. “As famílias desabrigadas
estão sendo removidas para o abrigo localizado na Escola de Educação Infantil
Irene Brelaz. Já as famílias desalojadas estão sendo removidas para casas de
parentes, amigos ou alugadas pelos próprias famílias removidas”, disse
Cavalcante, acrescentando que além da Escola de Educação Infantil Irene Brelaz,
existe mais um abrigo. “Colocamos uma família na sede da Colônia dos Pescadores
e caso haja mais desabrigados temos espaço na Colônia para mais duas famílias.
O abrigo na Escola Irene Brelaz está sendo administrado pela Secretaria de
Trabalho e Promoção Social”, informa.
De
acordo com informações de Cavalcante há dois pontos de monitoramento do nível
da enchente. “Estamos monitorando o nível das águas na ponte do Igarapé
Sonrisal e no final da Avenida Haroldo Veloso. A leitura está sendo feita às
oito da manhã e às cinco da tarde. Na última leitura registramos uma baixa de
meio centímetro. Ate a presente data são 102 domicílios afetados pela enchente
na sede do município.
Já na aldeia Boca das Tropas são 19 famílias removidas e
mais 17 em estado de alerta na aldeia Muiuçusão”, contabiliza o Coordenador.
Segundo
a COMPDEC/JCR, o prédio da Câmara de Vereadores está comprometido devido às
cheias. De acordo com o coordenador José da Silva Cavalcante a presidência do
Legislativo encaminhou expediente informando que o prédio apresentou rachaduras
nas paredes e afundamento do piso. “A engenheira civil Daniela Machado do
Conselho Técnico desta COMPDEC já esteve no local e deverá exarar parecer nas
próximas horas. Caso o prédio apresente riscos deverá ser interditado”, avisa.
O
acesso do centro da cidade ao Bairro São Francisco com aproximadamente 250
domicílios está comprometido. O Igarapé Sonrisal transbordou cobrindo a ponte
de madeira que faz a ligação do bairro e o resto da cidade e segundo a Defesa Civil a Polícia Militar já
informou que a segurança dos moradores daquele bairro está comprometida. “Recebemos um comunidade da Polícia Militar
informando que as rondas ostensivas do São Francisco foram suspensas uma vez
que o acesso ao bairro oferece risco devido ao nível da cheia. Estamos em
estado de alerta, embora a situação ainda esteja sob controle”, disse
Cavalcante.Texto e
fotos Nonato
Silva/ASCOM-PMJ
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