quarta-feira, 29 de maio de 2013

Justiça manda soltar 4 acusados de envolvimento na tragédia na boate Kiss

A Justiça do Rio Grande do Sul concedeu liberdade aos quatro homens presos acusados de envolvimento no incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS). Os sócios da casa noturna, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, e os integrantes da banda Gurizada Fandagueira, Marcelo dos Santos e o produtor Luciano Bonilha Leão, devem deixar o presídio até o fim do dia.
O julgamento do pedido de liberdade aconteceu nesta quarta-feira (29) na 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça em Porto Alegre. O relator, desembargador Manuel José Martinez Lucas, alegou que os réus não apresentam riscos à sociedade e que depois de quatro meses o clamor público teria esfriado. Os outros dois desembargadores acompanharam o voto do relator. Parentes das vítimas acompanharam a audiência e ficaram revoltados com a decisão da Justiça. A mãe de uma jovem morta no incêndio chegou a gritar no momento do pronunciamento.
Os acusados estão presos na Penitenciária Estadual de Santa Maria, onde deverá ser encaminhado o habeas corpus. Eles são acusados de homicídio doloso qualificado e 636 tentativas de homicídio. O incêndio em janeiro deste ano deixou 242 mortos.
A Secretaria de Saúde de Porto Alegre confirmou a morte de Mariane Wallau Vielmo, de 24 anos, às 5h15 deste do dia 19 de maio, no Hospital das Clínicas de Porto Alegre, capital gaúcha. Natural de Santiago, Mariane estudava Sistemas de Informação e trabalhava com informática em uma escola. Ela foi a 242ª vítima do incêndio e estava internada desde a tragédia.
De acordo com a assessoria de comunicação, quatro vítimas do incêndio continuam internadas no Hospital das Clínicas. Não há mais pacientes internados em outras unidades de saúde de Porto Alegre. Um paciente que havia recebido alta retornou para uma avaliação e a equipe médica achou melhor interná-lo de novo.
Incêndio
O incêndio dentro da boate Kiss no centro de Santa Maria, cidade a 290 km da capital, Porto Alegre, aconteceu na madrugada de 27 de janeiro.
O fogo começou porque, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, um dos integrantes acendeu um artefato pirotécnico — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que ao ser lançado atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se espalharam em poucos minutos.
A casa noturna estava cheia na hora que o fogo começou. Cerca de mil pessoas estariam no local. O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. Os donos não tinham qualquer autorização do Corpo de Bombeiros para organizar um show pirotécnico na casa noturna. O alvará da boate estava vencido desde agosto de 2012, afirmou o Corpo de Bombeiros.Do R7, com Rede Record

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