A parceria entre Prefeitura de Jacareacanga através
da Secretaria Municipal de Assuntos Indígenas-SEMAI e a EMATER/PA vem trazendo
grandes expectativas de geração de renda e melhoria da qualidade de vida do
povo indígena Munduruku. O projeto denominado Farinha Munduruku implantado no
ano passado pela Secretaria Municipal de Assuntos Indígena, ganhou nova
roupagem e tem buscado a qualificação e verticalização na produção dos
derivados da mandioca.
Ministrando
capacitação na produção de farinha de mandioca e seus derivados, a Emater
e Prefeitura realizaram oficinas com orientação técnica e aulas práticas em 5
aldeias polos. O projeto teve início na aldeia Sai cinza e se estendeu à várias
aldeias. “O nosso projeto é levar inicialmente este projeto em todas as aldeias
polos. Não estamos ensinando o povo Munduruku a fazer farinha, pois esta
tradição eles herdaram de seus antepassados. Estamos sim, capacitando-os a
fabricar uma farinha com garantia de competitividade no mercado”, disse
Raimundo Delival técnico da Emater.
O curso é distribuído
em duas etapas que abordam desde as técnicas de cultivo, espaçamento e manejo
distribuído em duas etapas, que envolve módulos teóricos e práticos. As
orientações abordam desde as técnicas de cultivo, plantio, espaçamento, manejo
adequado e produção à cultura da mandioca. Segundo Ivânio Alencar, secretário
de assuntos indígena, a SEMAI e EMATER também assessoram comercialização do
produto final no mercado. “Estamos trazendo uma nova política de
desenvolvimento ao povo Munduruku. A velha cultura de sobrevivência está
dando espaço a uma nova cultura dinâmica, sustentável e economicamente viável.
Preservando as técnicas de cultivo tradicional dos indígenas, a Emater e
Prefeura pretendem dobrar a produtividade da lavoura, essa tem sido a marca do
governo de Raulien Queiróz.”, disse Ivânio Alencar.
Segundo Augusto
Martins, Diretor da SEMAI, a aldeia tem atualmente cerca de cinco hectares de
área plantada de mandioca, com uma capacidade de produzir cerca de 10 toneladas
de farinha por hectare. “Para realização dessa oficina, compramos 4 caixas
d’água com capacidade de 1000 litros, além de caititu e outros implementos. O
pagamento destes assessórios é a própria aldeia que vai custear com a
produtividade, uma vez que a farinha será comercializada a R$ 4,00 o quilo.
Além da farinha tradicional, os Munduruku também estão fabricando farinha
amanteigada, farinha de tapioca eo tucupi”, disse Augusto.
Para o capitão da
aldeia Jacarezinho Osmarino Munduruku a nova técnica de fabricação da
farinha vai melhorar a vida de seu povo. “Antes nos fazíamos a farinha sem
qualidade. A pubagem da mandioca era feita no rio e todo o resíduo era jogado
no tapajós. Agora a gente faz o processo em caixas d’água e o resultado é uma
farinha de cor amarela e saborosa. A farinha que a gente produzia tinha cor
escura e sabor azedo”, disse Osmarino Munduku. Texto e Fotos - Nonato Silva
2 comentários:
compre um kilo de farinha e leve um frango. kkkk a farinha hoje está muito caro, e se os indios realmente fizer sua parte se darão bem. parabéns secretário
Que bom saber que estão tendo oportunidade, essa gente merece apoio e orientação dessa forma. parabéns secretário.
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