(Fonte da imagem: Thinkstock)
De acordo com a BBC, muita gente jura
de pés juntos que a vacina contra a gripe, aquela que deveríamos tomar
anualmente, sempre os deixa super doentes ou, ainda, que a dose do ano anterior
provocou a pior gripe de todos os tempos. Mas será que essa história é verdade?
Tipos
de vacina
Parte da desconfiança com relação à
eficácia das campanhas de vacinação é resultado do tipo de vacina aplicada.
Existem duas formas de imunização contra a gripe: uma injeção que contém uma
forma ativa do vírus, e um spray nasal — atualmente aplicado nos EUA — que
apresenta uma forma viva do vírus, mas em uma versão bem atenuada.
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia)
Segundo a BBC, o spray nasal pode, de
fato, provocar alguns efeitos colaterais, como coriza e dores de garganta.
Contudo, um estudo realizado por pesquisadores norte-americanos para avaliar se
a vacina na forma injetável também produzia efeitos similares aos do spray
apontou que o principal problema descrito pelos participantes foi uma leve dor
no local onde receberam a picada da agulha.
O estudo foi conduzido com 2 mil
pessoas, e apenas metade delas recebeu uma dose real da vacina. Além do braço
dolorido, os pesquisadores observaram que a ocorrência de efeitos colaterais,
como dores pelo corpo e um pouco de febre, era bastante rara. Entretanto,
quando esses sintomas apareciam, não se tratavam de casos reais de gripe.
Logo
após a vacina
Então, por que tanta gente acredita
ficar com gripe logo depois de receber a dose? Na verdade, o sistema
imunológico leva cerca de duas semanas para criar as defesas necessárias contra
o vírus. Assim, como as campanhas normalmente ocorrem durante os períodos nos
quais esses microrganismos estão circulando, as pessoas que afirmam terem
ficado doentes podem, simplesmente, terem desenvolvido a doença antes ou logo após
a imunização.
Apesar
da vacina
(Fonte da imagem: Thinkstock)
Algumas pessoas acabam ficando
gripadas mesmo depois de terem recebido a imunização e, ao contrário do que
muitos acreditam, isso não se deve a uma maior susceptibilidade. Na verdade, o
problema é a forma como as vacinas são produzidas. Segundo a BBC, todos os anos
a Organização Mundial de Saúde seleciona três tipos de vírus que provavelmente
causarão mais casos de gripe para produzir as vacinas.
Porém, apesar dessa escolha não ser
feita ao acaso, existe a chance de que a imunização não seja completamente
eficaz. Tanto que alguns estudos estimam que o índice de eficácia das vacinas
seja de, na verdade, aproximadamente 60%.
Cada
caso é um caso
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Algumas pessoas respondem à vacina
melhor do que outras, e a faixa etária joga um papel muito importante nessa
questão. Pessoas mais jovens respondem melhor do que as idosas, e também as
idosas contam com um sistema imunológico menos eficiente. É por essa razão que
se recomenda que esse grupo de indivíduos nunca deixe de tomar a vacina. O mesmo
ocorre com as mulheres grávidas e crianças.
Resfriado
não é gripe
Além de todas as possibilidades
descritas acima, muitas pessoas tendem a confundir os sintomas de um resfriado
comum com os da gripe — ou simplesmente usam essa doença para descrever o mal
que sentem. Porém, embora os resfriados também causem bastante desconforto e
possam evoluir para quadros mais graves, eles são diferentes da gripe e são
provocados por outros tipos de vírus.
Fonte: BBC
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