quarta-feira, 4 de julho de 2012

Noticias quentinhas da Revolta dos Índios Munduruku de Jacareacanga

Jacareacanga: Guerreiros Munduruku fazem reféns Delegado Regional de Policia Civil e procurador da Funai
No dia 03 o centro da cidade amanheceu parado. Não houve expediente nas repartições públicas e a maioria do comercio local não abriu as portas e nem nas escolas houve aulas. “Preferimos dispensar os alunos por medida de segurança”, disse um professor que não quis se identificar.
No dia 04 os guerreiros já demonstraram impaciência e já planejavam fazer um novo movimento para chamar a atenção das autoridades. No meio da tarde chega a Jacareacanga um avião com o delegado regional da policia civil Edinaldo Sousa e com o procurador da FUNAI chamado de Sóstenes.
Durante a reunião com as autoridades não houve acordo. Os guerreiros Munduruku reivindicaram ao delegado Edinaldo o recambiamento dos prisioneiros para Jacareacanga. “É impossível atender essa reivindicação. É de responsabilidade do Estado a segurança dos prisioneiros”, disse Edinaldo.
Uma das lideranças informou às autoridades que a partir daquele momento todos estavam impedidos de deixarem a cidade. “Então nós queremos a presença do governador do estado e do Juiz que cuida do caso do assassinato do Lelo Akay. Os senhores só deixaram a cidade quando o nosso pedido for atendido. Os senhores vão com a gente pra aldeia comer peixe com farinha até que o governador e o juiz venham conversar com a gente”, disse Valdeni Munduruku. O Delegado Edinaldo Sousa e o procurador da FUNAI foram conduzidos sem serem hostilizados pelos guerreiros Munduruku a um hotel da cidade.
Texto e fotos nonatosilvajcr@gmail.com
Jacareacanga - Encontram-se recolhidos no Hotel Santo Antônio, com restrição  de liberdade, sob forte vigilância tanto o Delegado Regional quanto o Procurador da FUNAI, encarregados de ajudarem a resolver a questão que envolve os guerreiros Munduruku. Mesmo não havendo o caráter de sentirem-se reféns, os mesmos estão sob vigilância de uma dezena de guerreiros.
À pouco um viatura com as duas autoridades deixou o hotel acompanhada por guerreiros dirigindo-se a um restaurante. Apesar de cerceados de ir e vir os dois demonstravam tranquilidades dizendo que não se sentem reféns, e sim que estão momentaneamente impedidos de retornarem aos seus locais de origem. Segundo alguns indígenas, redundou em fracasso a interferência da delegação que chegou a Jacareacanga incumbida de negociar com os indígenas.
Apelam os sublevados pela presença do Governador do Estado do Pará-de-lá ou do Senhor Secretário de Segurança Publica para a resolução do impasse. Exigem também a entrega  dos acusados pelo assassinato do jovem Lelo Akay  trucidado com 21 facadas que é a razão  motivadora da invasão que provocou distúrbio na cidade.
Ganha características de impossibilidade a presença do Governador imagine entregar à sanha selvagem os acusados.
No momento a cidade vivendo estado de preocupação deverá entrar em  êxtase com a solução do problema  amanhã que por hora parece difícil.
RP - Recebendo uma comunicação do serviço de inteligência da Secretaria Estadual de Segurança Pública,   e ao revelar minha preocupação com um embate entre as forças legais  e os guerreiros, o Adjunto do Serviço reservado disse-me que em momento algum cogita-se o confronto e que todas as instancias serão esgotadas para a resolução do problema de forma ordeira  e pacifica. Não é  fácil esquecer o episodio Eldorado dos Carajás

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