A resistência do Brasil em adotar medidas que
permitam a punição dos agentes da ditadura responsáveis por crimes de lesa
humanidade, como torturas, desaparecimentos forçados e assassinatos, prejudica
a luta pelos direitos humanos em toda a América Latina. Este foi o principal
recado deixado pelos cerca de 350 parlamentares, operadores do direito e
militantes dos direitos humanos que participaram, nestas quarta (4) e quinta
(5), do Seminário Internacional sobre a Operação Condor, em Brasília, promovido
pela Comissão Parlamentar de Memória, Verdade e Justiça da Câmara.
A Operação Condor foi um pacto firmado entre as
ditaduras de Brasil, Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia, fundado na
Doutrina de Segurança Nacional, ministrada pela Escola das Américas, que, por
meio de terrorismo de Estado, impôs sofrimento a milhões de pessoas, em centros
clandestinos de tortura, cadeias e quartéis da América do Sul. A compreensão
dos participantes do seminário é a que justiça só será feita com a participação
efetiva de todos os estados envolvidos.
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