segunda-feira, 23 de julho de 2012

Desoneração da folha de pagamento chama atenção do Polo Industrial de Manaus

A medida prevê a redução de 20% da alíquota patronal do INSS em troca de uma contribuição entre 1% e 2% sobre o faturamento da empresa.

MANAUS – A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) anunciou, na sexta-feira (20), que vai reivindicar a ampliação da lista de segmentos beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos proposta dentro do plano Brasil Maior. A justificativa é de que empresários da indústria começam a demonstrar mais interesse pelo benefício.

A medida – que atualmente atinge apenas três dos 23 segmentos do Polo Industrial de Manaus (PIM) – prevê o corte na folha de pagamento com a redução de 20% da alíquota patronal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em troca de uma contribuição que varia entre 1% e 2% sobre o faturamento da empresa.  Representantes do setor industrial no Amazonas divergem sobre a vantagem da desoneração no Estado, mas avaliam a reivindicação como salutar para o segmento no país.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus (Sinaees-AM), Celso Piacentini, explica que fábricas componentistas podem tirar mais vantagens da inclusão, ao contrário dos fabricantes de bens finais. “O empresário desonera se quiser. A decisão vai depender de quanto os gastos com a mão de obra vão pesar no custo final do produto”, explanou.

O presidente do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Ailson Rezende, explica as diferenças entre os tipos de empresas. “Se o empresário possui uma fábrica com mão de obra mais enxuta e um faturamento alto como ocorre nas grandes empresas do polo eletroeletrônico e de duas rodas, por exemplo, a mudança não compensa porque ele terá que comprometer de 1% a 2% do faturamento. Se esse montante é alto, a quantia que vai para o governo será muito maior do que os 20% de INSS que ele deixou de pagar. Agora, se os gastos com mão de obra são grandes e o faturamento menor, vale a pena porque qualquer desoneração representa alívio na folha de pagamento da empresa, principalmente agora em período de crise econômica”, detalhou.

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