quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CÂNCER DOENÇA MALDITA


 O QUE É O CÂNCER?

O câncer é um grupo heterogêneo de doenças quecompartilham uma característica comum: o crescimento e a divisão excessivos e descontrolados de uma célula, que invade e danifica o tecido ao qual pertence e também outros órgãos. A invasão consegue acabar com a vida do individuo se não for instaurado um tratamento. Sem embargo, o uso da cirurgia, da quimioterapia e da radioterapia pode curar até 50% dos tumores malignos. O nome câncer provém do latim cancer, cancri (cancèris em Lucrécio, século I a.C.), que significa “caranguejo”, “lagostim”. Essa etimologia é em função da semelhança com a forma de um caranguejo que alguns tumores de mama têm quando crescem radialmente infiltrando-se no tecido adjacente. Origem do câncer. Para que se desenvolva um câncer devem ocorrer, conjuntamente, dois fenômenos. O primeiro deles é a formação de um tumor, ou seja, o crescimento incontrolado de uma célula deve originar novas células que, por sua vez, constituirão um tecido anormal. O segundo é que essas células sejam capazes de abandonar o tecido inicial e colonizar outras zonas do organismo, fenômeno denominado metástase. Se só ocorre o primeiro fenômeno, se formará então um tumor benigno. Quando se dá a metástase, o tumor passará a ser maligno.O câncer se origina a partir de uma única célula e o tamanho do tumor que forma deve ter entre 0,5 e 1cm de diâmetro para que possa ser detectado pelos raios X. Aquantidade de células que o formam pode ir desde cem até um bilhão no momento do diagnóstico. Todas elas surgem a partir da primeira célula.O que causa o câncer? O motivo segundo o qual uma célula inicia um processo de crescimento e divisão incontrolado, dando lugar a novas células que compartilham com ela esse caráter anormal, é acumulação de lesões, denominadas mutações, em seu código genético. Essas mutações dão à célula a capacidade de se dividir, possibilitando assim uma reprodução mais rápida que a das células sãs e formando assim um tumor.Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), essa doença pode ser causada por fatores externos (substâncias químicas, irradiação e vírus) e internos (hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). Esses fatores podem atuar em conjunto ou em seqüência para iniciar ou promover o processo de carcinogênese. Em geral, dez ou mais anos se passam entre exposições ou mutações e a detecção do câncer. A herança genética As células de um mesmo tumor contêm as mesmas alterações em seu código genético, já que todas provêm de uma mesma célula. Quando uma célula, ao se dividir, se converte em cancerosa, ela nunca mais poderá originar células normais. Portanto, o câncer é, em seu sentido mais estrito, uma doença genética.Contudo, isso não faz do câncer uma doença hereditária. Tal hereditariedade se produz em uma porcentagem pequena. Unicamente é possível, no caso das alterações genéticas que propiciam o desenvolvimento de um câncer, encontrar algum tipo de hereditariedade no código genético das células germinais, isto é, as células implicadas no processo da reprodução, que são os espermatozóides e os óvulos. Isso ocorre, por exemplo, em uma porcentagem que oscila entre 5 e 10 % dos cânceres de mama e em enfermidades genéticas que possibilitam o surgimento de determinados tipos de câncer.Portanto, em geral o câncer não é uma doença hereditária. São muito raros os casos que são herdados, tal como o retinoblastoma, um tipo de câncer de olho que ocorre em crianças. Apesar disso, existem fatores genéticos que deixam determinadas pessoas mais sensíveis à ação dos carcinógenos ambientais.O câncer também não é uma doença contagiosa. Não. Mesmo aqueles por vírus não são contagiosos, ou seja, não passam de uma pessoa para a outra.
No entanto, segundo o Inca, alguns vírus ontogênicos, isto é, capazes de produzir câncer, podem ser transmitidos através do contato sexual, de transfusões de sangue ou de seringas contaminadas utilizadas para injetar drogas. Como exemplos de víruscarcinogênicos, tem-se o vírus da hepatite B (câncer de fígado) e vírus HTLV - I / Human T-lymphotropic virus type I (leucemia e linfoma de célula T do adulto). Genes implicados. As alterações genéticas que dão lugar ao crescimento e divisão descontrolados de uma célula se produzem em determinadas zonas do genoma e correspondem a mudanças produzidas em genes concretos. Já se conhece a existência de três tipos de genes que podem estar implicados na transformação de uma célula normal em uma célula cancerosa. Os proto-oncogenes são genes que, quando alterados e não reparados, podem descontrolar a célula, que, por sua vez, começa a se dividir. Portanto, são eles que causam a transformação de uma célula normal em cancerosa. As formas modificadas dos proto-oncogenes se chamam oncogenes. Os genes supressores de tumores têm, por sua vez, a função de controlar essa divisão celular. Sua alteração impede a regulação do processo. Por último, os genes de reparação de DNA se encarregam de reparar os erros que se dão cada vez que se replica o material genético, isto é, quando uma célula produz novas células. Se os genes separadores não funcionam corretamente, as lesões produzidas na replicação não podem ser reparadas. Se uma dessas lesões se dá, casualmente, em um gene pertencente ao primeiro ou ao segundo grupo, se descontrolará o processo de divisão celular, possibilitando assim o inicio e um tumor. Calcula-se que o código genético humano contenha mais de trinta mil genes. Desses, só se conhecem mil proto-oncogenes, uns trinta genes supressores de tumores e 25 genes reparadores de DNA, porém, a quantidade de genes que ainda nãoforam analisados é muito grande. Agentes cancerígenos externos. Existem milhares fatores externos que podem influir no funcionamento das células de um organismo e, portanto, podem produzir mutações no material genético, o que, por sua vez, pode dar lugar a um processo cancerígeno.

O risco do cigarro

O tabaco é responsável por 30% de todas as mortes na população entre trinta e 69 anos no mundo e há mais de 25 doenças relacionadas ao cigarro, desde câncer até osteoporose, úlcera e catarata. Há 1,2 bilhão de fumantes no mundo, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde.   
 Fonte de informação http://brasil.planetasaber.com

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