quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Lideranças Munduruku denunciam abandono e falta de alimentos na CASAI de JACAREACANGA

O índio Antônio Cosme Munduruku, esteve na secretaria de Assuntos Indígena para fazer a denuncia de que a Casai não tem comida para os  pacientes e não consegue fazer o translado dos indígenas que receberam alta. Alegando não ter gasolina para fazer esse apoio, a equipe da secretaria esteve verificando in-loco à situação e comprovou de fato que tem fundamento a denuncia do indígena.  Eram quase 10 horas da manhã de quarta feira do dia 11 e na cozinha nenhum movimento para fazer o almoço de quase 100 índios que está alojado nas dependências da CASAI em tratamento. O secretário Ivânio Alencar em visita a Casai, solicitou a presença do prefeito Raulien Queiroz, vereador Gerson Manhuary, Jairo Korap para juntos irem até o local e constatar a falta de alimentos. Mais uma vez de muitas que precisaram, a prefeitura autorizou o envio de alimentos para ajudar e apoiar as famílias que estão a quatro dias fazendo uma refeição apenas em quantidade mínima. Para o índio Antonio Cosme essa ajuda será importante, pois ele não quer ver seu povo passando fome. O secretário se colocou a disposição da enfermeira de plantão do local caso no dia seguinte não tenha o alimento para possíveis contatos e apoio.
 De quem é a culpa?
Será que são os índios que adoecem todos os dias por falta de uma política de apoio e prevenção a sua saúde.
Ou será que tem gente se metendo em assuntos que não é de sua alçada e dificultando  para esse povo ficar dependente ainda mais?

Onde andam os vereadores índios que foram eleitos para defender o município e seu povo que os colocou para representá-los na câmara?



       ABRE O OLHO POVO MUNDURUKU
Postado por Faro Fino
INDIOS DOENTES E ACOMPANHANTES ABANDONADOS E FAMINTOS
A situação da promoção de saúde indígena ao Povo  Munduruku é de total descaso e retrata mais um faz  de conta propriamente que uma responsabilidade constitucional atribuída à antiga Funasa e até o momento Sesai e manhã não se sabe que sigla irá ser responsável pela promoção. Engraçado é que quando o personagem não emplaca muda sempre de nome. Em nossa região o DSEI-Tapajós, desenvolve essa ação gerenciando esse conflito em se promover a saúde indígena com parcos recursos e até limitação de recursos humanos. A malária continua matando no alto Tapajós, a desnutrição causada por males e efeitos dessa morbidade assustam a população e ninguém faz nada.
O aparato de recursos humanos colocados a disposição do Distrito de Saúde, é diminuto, com escassos funcionários nas aldeias, medicamentos insuficientes para contemplar a demanda, e com funcionários mal remunerados e alem de tudo salários atrasados, e muitos desses ja demissionários vez que é constante o atraso.
Mesmo o quadro funcional de endemias colocado em apoio à saúde indígena, entre esses os funcionários federais da antiga Funasa, serem dispostos e capacitados para guerrearem contra a malária, essa doença ainda assusta e mata em Terra Indígena pelo diminuto quadro de funcionários, falta de estrutura em transportes e combustíveis e ainda para deixar a situação mais caótica é comum a falta dos medicamentos para combater a malária  nas aldeias. Ja que sua distribuição dos medicamentos é privativa do Governo Federal não estaria faltando planejamento e maior empenho da direção do DSEI em evitar esse transtorno?
Não se pode atribuir especificamente a alguém esse descaso, mas ao se constatar que entre os servidores promotores da Saúde Indígena encontram-se pessoas de enorme apego aos seus trabalhos que são a Ângela Regis que Chefia o Distrito Sanitário  o dedicado servidor Nogueira que já muito contribuiu com a saúde  indígena e que transita ainda nesse trabalho, algo de mais grave deve estar acontecendo para que essa situação de descaso e abandono  dia a dia aconteça.

Torna-se necessário a Funai de Itaituba entrar nesse meio para ajudar a resolver esse crônico problema que aflige um povo e envergonha quem tem vergonha e responsabilidade com atividades de apoio aos indígenas. Deveria a Funai reunir com os promotores da Saúde, com MPF, e direcionar providencias para resolver essa situação, ou mesmo quais são as atividades institucionais do Organismo Indigenista Brasileiro? Faz muito tempo que a Funai nada faz e praticamente abandonou os indígenas do Alto Rio Tapajós, e o que preocupa mais, é que hoje a Funai conta com uma dezena de servidores indigenistas concursados outra meia dezena de comissionados ávidos por trabalharem na causa, e ao que se mostra na teoria é que a Funai está  com um bom time mas que infelizmente ainda não entrou no campo. 
Recebemos uma comunicação telefônica na manhã de ontem da parte do líder indígena Antonio Cosme mostrando o seu desespero  ao constatar que quase uma centena de indios enfermos ou acompanhantes estava passando fome em Jacareacanga na Casai (Casa do Índio) e poucos funcionários não sabiam nem o que fazer para colocar comida na mesa. Isso é imponderável, imperdoável, crime mesmo, talvez a Funai que sempre foi a referencia principal para os índios e que poderia liderar conversações para se prevenir essa situação calamitosa, apos sua reestruturação tenha outras responsabilidades constitucionais e que defender a causa indígena nessas situações não seja mais sua atribuição, e ai surge uma pergunta que não quer calar - Quem paga por isso?
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Imagens meramente ilustrativas

Obs. Espaço para as instituições mencionadas na matéria está garantido para ao se interessarem usar como contraditório ou para fazerem ponderações
Postado por Rastilho de Pólvora.

Um comentário:

Anônimo disse...

Cuidado com a gramática, o blog precisa demonstrar que está em dia com regras gramaticais a exemplo da palavra "orçada" que na verdade deveria ser escrita conforme o dicionário Houaiss ALÇADA, cujo significado é jurisdição, competencia ou limite de autoridade. No restante, o blog está bom.
Abraços!