Valmir Clímaco é denunciado por falsificação de
documentos.
A cada dia o cerco aperta em torno do atual gestor de Itaituba, que não
consegue se livrar das amarras da Justiça. Com inúmeros processos no Ministério
Público Estadual, TRT 8 e Justiça Eleitoral, agora é o Ministério Público
Federal que o acusa de comandar um esquema de falsificação de documentos
públicos.
O
Ministério Público Federal no Pará, através do Procurador Regional Eleitoral,
Daniel Azeredo Avelino, encaminhou denúncias ao Tribunal Regional Eleitoral,
acusando o prefeito de Itaituba Valmir Clímaco de Aguiar por crimes eleitorais
na eleição de 2008, quando foi derrotado pela segunda vez nas eleições
municipais pelo ex prefeito Roselito Soares da Silva, de quem Valmir usurpou o
mandato acusando-o de doar sextas básicas no interior da Secretaria Municipal
de Desenvolvimento Social. As cinco sextas básicas que se encontravam
nas dependências da secretaria na época (apesar de não pertencerem ao então
prefeito e nem tampouco a prefeitura, mas sim ao também então candidato a
vereador, hoje deputado estadual Hilton Aguiar, que para à Semdas levou com o
consentimento do então secretário interino Jardel Silva, hoje seu assessor na
Assembleia Legislativa do Estado do Pará), foram utilizadas como o objeto do
pressuposto crime de Roselito, tendo Valmir se apropriado das gravações feitas
em um celular pelo também então candidato a vereador Norton Sussuarana, que
filmou a bagunça generalizada feita pelos próprios partidários de Clímaco. Mas ao
invés de Roselito Soares, quem realmente cometeu crime eleitoral durante o
processo de 2008 foi o candidato derrotado Valmir Climaco, que na época foi
acusado de comandar um esquema no Cartório Eleitoral e no setor de
identificação de Itaituba, objetivando a expedição de documentos falsos, como
Carteira de Identidade e Títulos Eleitorais, que seriam utilizados nas eleições
daquele ano.
Quase
quatro anos após o delito e há um ano e nove meses da usurpação do cargo de
prefeito por parte de Valmir, o processo chegou ao Tribunal Regional Eleitoral,
sob recomendação do Procurador Federal Daniel Azeredo Avelino, acusando o agora
prefeito Valmir Climaco de Aguiar por crimes eleitorais na eleição de
2008. Segundo o Ministério Público Federal, o então candidato á prefeito,
Valmir Clímaco, estaria envolvido em um esquema de emissões fraudulentas
de títulos eleitorais. A primeira denúncia teria sido feita por uma funcionária
da prefeitura cedida ao cartório eleitoral do município. Na denúncia, Valmir
também é acusado de oferecer empregos na prefeitura, para parentes dos
funcionários do cartório eleitoral, caso esses funcionários expedissem os
títulos eleitorais fraudulentos. Ele é caracterizado na denúncia como mentor e
maior beneficiado do crime. Outros quatro envolvidos no crime eleitoral em
Itaituba são Sidney Vieira, Márcia Maria Vieira, Antônio Ricardo Tapajós e
Delma Bessa Martins. Eles inseriram declarações falsas em documentos públicos
com objetivo de benefícios eleitorais. Por ironia do destino, com as
provas existentes no processo referente aos crimes de Valmir Clímaco que
tramita na Justiça Eleitoral sob o número 6-91.2012.6.14.0000, a própria
justiça que o colocou no poder agora o tirará. Ou seja, é o feitiço vindo
contra o feiticeiro e, desta feita em dose dupla. Valmir além de poder perder o
cargo que usurpou, poderá ficar inelegível e ainda responder criminalmente por
falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Ilustração: Faro Fino
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