Presidente
mobiliza ministros para finalizar programa de erradicação ampla, geral e
irrestrita da miséria no Brasil; nas contas do governo, inclusão de mais 700
mil famílias nos programas sociais existentes eliminará pobreza extrema;
transferência de renda elogiada em todo o mundo é atacada internamente pela
oposição; mas presidente não se abala com críticas e avança para consolidar
imagem de 'mãe Dilma'
6 DE MAIO
DE 2013
247 - A
grande vitrine eleitoral da presidente Dilma Rousseff para a tentativa de
reeleição em 2014 deve ser mesmo a erradicação da miséria. Pelo menos é o que
indica a mobilização bolada pela presidente para dar resultado até o início do
próximo anos. Ministérios e órgãos federais foram mobilizados para localizar
famílias em situação de miséria que não são beneficiadas pelos programas
sociais ou integram o cadastro único do governo. Nas contas do Planalto,
faltariam apenas 700 mil famílias para fechar a conta.
Aproximadamente
22,2 milhões de pessoas deixaram a extrema pobreza desde o início do governo
Dilma. Para completar o número, a chamada "busca ativa" inclui
prefeituras e governos estaduais, reunidos sob a expectativa de que o plano
seja concluído até o início do ano que vem. Essa busca, coordenada pelo
Ministério do Desenvolvimento, existe desde o lançamento do Brasil Sem Miséria,
mas ganhou novo formato no fim do ano passado. Os esforços acabaram
prejudicados pelas eleições municipais.
"Na
verdade, estamos tentando fechar as arestas para que a coisa aconteça: para que
aconteça o cadastramento, para que a família entre no Bolsa Família",
contou ao jornal Valor Econômico a diretora do Departamento do Cadastro Único
da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania da Pasta, Cláudia Baddini. A
estratégia da busca ativa já permitiu, desde o início do Brasil Sem Miséria, em
2011, cadastrar e incluir no Bolsa Família cerca de 800 mil famílias extremamente
pobres.
Neste
ano, o trabalho de busca se concentra em Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pará,
Pernambuco, Rio Grande do Sul, Amapá e região metropolitana do Rio de Janeiro.
O governo espera que a busca sob responsabilidade dos municípios ganhe novo
fôlego a partir de deste mês, quando as prefeituras que sofreram mudanças de
gestões nas últimas eleições já estejam aptas a aderir a esse esforço.
"Eleição municipal é um 'strike', porque muda muita gente. Você tem que
dar um tempo, e é esse tempo que a gente está dando, para as prefeituras novas
conseguirem entender e para a gente conseguir chegar já com tudo
funcionando", diz Cláudia Baddini. Fonte A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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