Representantes de vários movimentos de juventude reuniram-se
com a presidenta Dilma, no Palácio do Planalto. Ao ser perguntada sobre a
denuncia perseguição dablogosfera progressista; Dilma não respondeu.
Na audiência, o coordenador
do Coletivo de Juventude do MST, Raul Amorim, cobrou a apresentação do projeto
com o marco regulatório dos meios de comunicação e denunciou as ameaças a
jornalistas independentes, citando o exemplo da condenação a pagamento de multa
pelo jornalista Luiz Carlos Azenha, em processo movido pelo diretor das
Organizações Globo, Ali Kamel.
“Está em curso um processo de criminalização de jornalistas independentes a
partir de ações da grande mídia no Poder Judiciário, como é o caso do Luiz
Carlos Azenha”, disse Amorim à presidenta.
O coordenador da juventude do MST pediu que o governo encaminhe as deliberações
aprovadas na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em
2009, para que seja respeitado o direito à manifestação do pensamento, à
expressão e à informação, como garante a Constituição.
Amorim defendeu a implementação de políticas públicas voltadas para a mídia
alternativa, de forma a garantir um sistema de comunicação que represente a
pluralidade da sociedade.
A presidenta Dilma não respondeu as propostas e preocupações.
Provocada pelo
representante do MST, a presidenta Dilma calou-se sobre a ação orquestrada
sofrida por vários blogueiros pelos meios de comunicação tradicional (vulgo
PIG).
Há um ditado que diz
que quem cala consente Mas, na prática neste caso quem cala concede
ao lado mais poderoso o poder de continuar agindo da mesma forma.
A presidente perdeu a
oportunidade de dizer, por exemplo, que o recurso judicial é sempre legítimo,
mas que ela, por exemplo, em respeito a liberdade de expressão não o utiliza
contra veículos que a criticam.
E não são poucos. As vezes, inclusive, de forma
muito desrespeitosa.
Por isso, lamenta que
esse expediente esteja sendo utilizado por veículos de comunicação e por
jornalistas contra colegas de profissão.
Mas que essa é uma decisão pessoal e
de fórum intimo. Mas ela não disse isso.
E perdeu a oportunidade de colocar uma
importante reflexão para a sociedade brasileira. Provavelmente isso tem relação
com o fato de estar assessorada por gente que prefere o lado de lá do que o
lado de cá.
A Globo e a Veja são hoje mais bem tratadas pelo governo do que
a mídia livre e alternativa. No debate da democratização da comunicação, Dilma
escolheu seu lado.Postado por EDUARDO BUERES
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