Com todo respeito aos católicos,
devo lembrar que as histórias narradas abaixo são verdadeiras e
assumidas pela própria Igreja, que não tem mais interesse em
escondê-las, antes as confessa como erros históricos que não devem ser
repetidos. Elas estão dispostas em ordem cronológica. Algumas dessas
histórias envolvem crimes e orgias dentro do Vaticano.
PAPA ESTEVÃO VI (896-897)
Essa talvez a seja a história mais macabra dessa lista.
Provavelmente o mais desequilibrado de todos, o papa Estevão VI queria
de todo jeito se vingar de seu predecessor, o papa Formoso, por achar
que tinha sido injustiçado por ele. Porém, seu inimigo já estava morto.
Estevão então ordenou que o cadáver de 9 meses fosse exumado, vestido
com vestes sagradas papais e apoiado em um trono para ser julgado por
seus crimes.
Um diácono respondeu em nome do falecido.
Estevão se enfureceu e jorrou acusações no defunto, por achar que ele
recebeu injustamente o título de papa. O cadáver perdeu o julgamento, e
Estevão declarou que ele foi um papa vazio. Ele, então, cortou seus 3
dedos usados para dar bênçãos e ordenou que o corpo fosse retirado de
suas vestes e despejado em um cemitério para estrangeiros.
Logo após esse episódio, um terremoto atingiu Roma,
destruindo a basílica papal. O cadáver foi desenterrado mais uma vez, e
atirado em um rio. Algumas pessoas compassivas o “pescaram” e deram a
Formoso um enterro mais adequado. No entanto, o julgamento macabro
voltou a assombrar Estevão, pois os danos do terremoto foram tomados
como um sinal de Deus. Tumultos e multidões que apoiavam Formoso
prenderam Estevão em um calabouço, onde mais tarde ele foi encontrado
estrangulado.
PAPA JOÃO XII (955-964)
Alcançando o título de papa aos 18 anos,
João XII foi rapidamente considerado preguiçoso e infantil. Acusações
mais severas partiram de sacerdotes e autoridades da igreja, que
alegaram que ele invocava demônios, assassinava e mutilava pessoas,
incendiava casas e participava de jogos de azar. Também afirmaram que
ele “transformou o palácio papal em um bordel”, cometendo adultério com
muitas mulheres, além de 2 viúvas, sua própria sobrinha e a namorada de
seu pai. Seu reinado como papa terminou nos seus 20 e poucos anos,
quando ele morreu de um derrame, enquanto estava supostamente na cama
com uma mulher casada.
PAPA BENTO IX (1032-1048)
Até mesmo outros religiosos não pouparam críticas
severas a essa figura. Bento IX ganhou poder e riqueza em uma idade
precoce, aos 20 anos, como resultado de laços de sua família com a
igreja. Ele herdou o título de papa por ser sobrinho do papa João XIX.
Ele rapidamente desenvolveu uma imagem de “cruel e imoral”.
O Papa Victor III escreveu sobre Bento IX:
“…cometia estupros, assassinatos e outros atos indescritíveis. Sua vida
como papa foi tão vil, tão má, tão execrável, que eu estremeço só de
pensar nisso”. São Pedro Damião tinha coisas similares a dizer de Bento
IX, descrevendo-o como “banquete de imoralidade” e “um demônio do
inferno sob o disfarce de um padre”, que organizava orgias patrocinadas
pela igreja e participava regularmente de bestialidades. Em seu último
ato de corrupção como papa, Bento IX decidiu que queria se casar, e
vendeu seu título para seu padrinho por 680 kg de ouro.
PAPA ALEXANDRE VI (1492-1503)
Alexandre VI teve várias amantes,
incluindo Giulia Farnese (conhecida como Júlia, a Bela), e teve
numerosos filhos ilegítimos com a antiga amante Vannozza dei Cattani
(que era casada na época). Seus caminhos hedonistas eram tão descarados
que, mesmo com o crime e a violência tomando as ruas de Roma, o papa
ocupou-se com comédias, banquetes pródigos e bailes – todos pagos com
fundos da igreja católica. Surgiram até mesmo boatos de que o papa
organizava orgias.
PAPA JÚLIO II (1503-1513)
Júlio II alegadamente tinha várias amantes
e, pelo menos, uma filha ilegítima (algumas fontes indicam que ele
tinha 2 outras filhas, que morreram durante a infância). Em 1511, o
conselho fez acusações de atos sexuais indecentes contra ele, alegando
que ele era “um vergonhoso sodomita coberto de úlceras”. Embora fosse um
fã de artes e esculturas antigas, Júlio também teria forçado
Michelangelo a concluir a Capela Sistina antes do tempo que o artista
pediu. Segundo registros, Michelangelo nunca chegou a terminar o túmulo
do papa Júlio, após ele ter morrido.
PAPA LEÃO X (1513-1521)
Leão X era estritamente contra a Reforma Protestante,
movimento inspirado pelos argumentos de Martinho Lutero contra os
métodos inescrupulosos da igreja para arrecadar dinheiro das pessoas. O
Papa Leão X não só permitia, como incentivava os fiéis a pagarem por
seus pecados – literalmente. O líder religioso colocava preços nos
pecados dos outros e obrigava-os a dar-lhe dinheiro em troca de sua
absolvição. E sim, ameaçava os fiéis de que suas almas iriam para o
inferno, caso eles não pagassem em dinheiro pelos seus pecados.
PAPA CLEMENTE VII (1523-1534)
Apesar de ser indiferente à Reforma Protestante,
o papa Clemente VII ficou mais conhecido por outro motivo: estava
sempre disposto a mudar seu ponto de vista político para coincidir com o
de quem tinha mais poder e riqueza no determinado momento. Ele trafegou
entre alianças com a França, a Espanha e a Alemanha, embora tenha se
inclinado para as forças políticas francesas antes de sua morte em 1534.
Ele faleceu “misteriosamente” depois de comer um cogumelo venenoso.
Como resultado de sua fidelidade oscilante, seus críticos, como Carlos
V, o compararam a um pastor que tinha fugido do seu rebanho para
retornar como um lobo.
Fonte: Pequenos Mistérios da Vida.http://charlezine.com.br
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