quinta-feira, 24 de maio de 2018

r7 - Pelo 4º dia seguido, caminhoneiros bloqueiam rodovias no Brasil

Michel Temer pediu trégua para a categoria e Petrobras anunciou redução de 10% no preço do diesel, mas manifestações continuam nesta quinta (24)
Após a Petrobras anunciar a redução de 10% no preço do dieselnas refinarias nos próximos 15 dias, o presidente Michel Temer pedir uma trégua de dois a três dias e a Câmara aprovar o texto-base do projeto com mudanças que reduzem o preço do óleo diesel, a expectativa do governo federal é que a paralisação dos caminhoneiros chegue ao fim ainda nesta semana.
No entanto, representantes da categoria já deixaram claro que as manifestações continuam nesta quinta-feira (24). É o quarto dia de bloqueios em rodovias brasileiras.
Na quarta-feira (23), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, em uma coletiva ao lado do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, e do ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro Silveira, disse que o governo federal está em reunião permanente com os movimentos dos caminhoneiros para tentar resolver a situação. O encontro de quarta, porém, não teve resultados.
Por causa dos protestos, associações informam impactos na produção e distribuição de alimentos. Supermercados e postos de combustíveis em vários estados estão com dificuldades para repor os produtos. Até mesmo aeroportos estão ficando sem combustível.
Veja o que já foi afetado pelos protestos. 
Carnes
A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) relatou que 129 unidades produtivas das empresas associadas de carnes bovina, suína e de aves estão paralisadas e que a previsão é que, até a sexta-feira (25), mais de 90% da produção de proteína animal seja interrompida caso a situação não se normalize, somando mais de 208 fábricas de diversos portes paradas no Brasil.
Supermercados
A Apas (Associação Paulista de Supermercados) informa que itens perecíveis, que têm abastecimento diário, como frutas, legumes e verduras, já estão em falta em supermercados.
Medicamentos
A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) informou manterá somente até sexta (25) a liberação do transporte de remédios, carga viva e produtos perecíveis. Caso o governo e os caminhoneiros não entrem em acordo, a categoria promete uma “paralisação total”.
Gás
O Sindigás emitiu nota dizendo que se preocupa com o risco de desabastecimento de GLP. O grupo "chama atenção para o fato de que os riscos de desabastecimento atingem todas as regiões brasileiras podem causar prejuízos ao funcionamento de serviços essenciais, como hospitais, escolas e creches, além de residências e o segmento empresarial".
Combustíveis
Segundo o presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), José Alberto de Paiva Gouveia, os postos de gasolina de São Paulo devem ter combustível até sexta-feira(25). A última entrega normal aconteceu na segunda-feira. Mesmo que o cenário aponte para a falta de combustível, Gouveia recomenda que não haja corrida para abastecer, o que poderia acelerar o tempo para a falta do produto.
Correios
Os Correios suspenderam temporariamente as postagens das encomendas com dia e hora marcados (Sedex 10, 12 e Hoje). Reproduzido de R7.com

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