Um câncer de pulmão
derrotou, em tempo curto, um dos últimos cantores de brega da velha guarda da
MPB.
Aos 69 anos morreu hoje,
20.12.2013, em Recife, o rei do Brega, o grande Reginaldo Rossi, ao som de quem
eu dancei noites inteiras na juventude.
Seu nome de pia era
Reginaldo Rodrigues dos Santos. Nasceu em Recife-PE em 1944. Começou a ganhar a
vida como professor de física e matemática, enquanto cursava engenharia civil.
A carreira artística,
embora ao 18 anos já cantasse rock – ele se gabava de ter sido o primeiro
cantor de rock do Nordeste - e fizesse crooner em boates, inaugurou-se aos 20
anos, em 1964, na esteira do movimento da “Jovem Guarda”: com um timbre
fortemente anasalado, inspirou-se em Roberto Carlos para entrar na onda.
As composições de
Reginaldo Rossi, como todo brega clássico que se preze, trazia na batida
característica do estilo – uma espécie de bolero acelerado – e na presença
maciça dos metais, histórias de amores perdidos: o brega é uma elegia à fossa,
ao amor, à traição, ao drama da boemia.
“Garçom”, talvez o seu
maior sucesso, "A raposa e as uvas", uma ode singela aos tempos em
que ainda era preciso permissão do pai para namorar um brotinho em flor, e
"Leviana", são marcas registradas de Rossi.
Em 2000 vários e
renomados artistas da MPB homenagearam Reginaldo Rossi com um tributo musical
cujo título é "ReiGinaldo
Rossi", onde releram as composições do “Rei do Brega”: um
tesouro para quem gosta do gênero.
Reginaldo Rossi lega ao
Brasil mais de trezentas composições gravadas. Foi, talvez, um dos artistas
brasileiros que mais se apresentou em shows: disse certa feita que fazia.
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