Um grupo de lideranças indígenas Munduruku da
região do rio Kabitutu esteve reunido com o prefeito Raulien Queiroz na quarta
feira, 04, no auditório do complexo administrativo da prefeitura para conversar
sobre as politicas públicas que serão executadas no próximo ano naquela região.
Lideranças das aldeias Jardim Kaburuá, Biribá, Porto, Katõ entre outras,
expuseram ao prefeito as demandas sobre educação, saúde e estruturação básicas
de casas de farinha nas comunidades. Estavam também presentes na reunião dois
servidores da Funai, o secretário de administração Roberto Strapasson, secretário
de assunto indígena Ivânio Alencar, vereadores Evanilson Rosa e Elinaldo Crixi,
e do cacique geral da nação Munduruku Arnaldo Kabá Munduruku.
As reivindicações entregues ao prefeito delinearam
desde a aquisição de machados à construção de posto de saúde em algumas
aldeias.
O prefeito Raulien Queiroz fez um breve balanço sobre os investimentos
na área indígena com capacitações na fabricação de farinha, construção de 25
escolas obedecendo ao padrão de arquitetura do MEC, além de aquisição de grupos
geradores, embarcações em alumínio com motor de popa, apoio às atividades
culturais nas aldeias. “Recebi com atenção cada pedido dos senhores. Estaremos
estudando meios de atender cada uma das reivindicações. Em 15 dias daremos uma
resposta”, disse o prefeito acrescentando que a reforma e ampliação da escola
da aldeia polo Katõ acontecerá no próximo ano. “Outras aldeias com demandas de
estudantes suficientes para atenderem à exigência do MEC, receberão escolas
padronizadas”, anuncia.
O prefeito também argumentou que existem políticas
públicas de responsabilidade exclusiva do Governo Federal, como é o caso da
saúde indígena dos Munduruku aldeados. “A construção de postos de saúde nas
aldeias é de competência da Secretaria Especial de Saúde Indígena - SESAI. Já a
construção das escolas para o Ensino Fundamental é de responsabilidade do
município”, explica Raulien Queiroz. “É importante termos esse tipo de diálogo,
pois assim teremos conhecimento sobre as competências da União, Estado e
Município”, disse.
O secretário de administração Roberto Strapasson
falou sobre a dificuldade em administrar um município onde as mais de 125
aldeias o acesso é feito por via fluvial. “Para os senhores terem uma ideia o
governo federal repassa ao município R$ 0,60 (sessenta centavos) por dia para
cada aluno indígena e um simples espetinho custa 2 reais. Para transportar a
merenda até as escolas das aldeias, o município gasta mais que o dobro do custo
da merenda escolar” disse Strapasson, acrescentando que a folha de pagamento do
município custa mais de 2 dois milhões e duzentos mil reais. “Mensalmente
estamos recolhendo só de INSS 600 mil reais, devido à negociação feita com a
Previdência Social sobre a inadimplência que o município tinha devido o não
recolhimento previdenciário dos servidores durante os governos anteriores”,
contabiliza. Texto e Fotos Nonato Silva
2 comentários:
ESSES ÍNDIOS SÓ SABEM PEDIR E MAIS NADA, ELES DEVERIAM ERA TRABALHAR PARA SE MANTEREM E NÃO FICAREM APENAS PEDINDO TUDO O QUE ELES QUEREM...SÓ SABEM EXIGIR E FAZER QUE É BOM NADA!!!!!
Penso que é necessário que o governo mantenha esse diálogo permanente com a população indígenae que mostre a eles os investimentos que estão sendo feitos nas aldeias, em várias áreas e qua muitas coisas ainda serão feitas ao longo desses quatro anos. Penso também que os munduruku precisam perceber que é necessário uma grande mobilização por parte deles junto ao governo federal para a solução de outros tantos broblemas principalmente na demanda de énergia elétrica nas aldeias que tem sido uma grande demanda feita poe eles ao município.
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