segunda-feira, 22 de julho de 2013

Pesquisa com células-tronco traz esperança para tratamento da cegueira

BBC Brasil
Testes em ratos mostram que células transplantadas podem regenerar estrutura ocular Sistema imunológico do olho é fraco, diminuindo rejeição. Reprodução / BBC
Cientistas britânicos realizaram experimentos com células-tronco que podem trazer esperança para o tratamento da cegueira. O estudo, publicado na revista científica Nature Biotechnology, mostra que deficiências na parte do olho que detecta a luz podem ser reparadas.
Os fotorreceptores são células da retina que detectam a luz e as convertem em sinais elétricos enviados ao cérebro.
No entanto, essas células podem morrer em alguns casos de cegueira, como na doença de Stargardt e na degeneração macular, uma condição médica geral dos adultos mais velhos, que resulta em uma perda de visão no centro do campo visual.
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Agora, experimentos realizados com ratos por uma equipe do Moorfields Eye Hospital e University College London, mostrou que o mau funcionamento desses fotorreceptores pode ser tratado com células-tronco.
Retina em laboratório
A equipe usou uma nova técnica que reconstruiu uma retina em laboratório, extraindo dela milhares de células-tronco que foram amadurecidas para serem transformadas em fotorreceptores e injetadas nos olhos de ratos cegos.
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A pesquisa concluiu que essas células puderam se conectar com a arquitetura do olho e começar a funcionar.
No entanto, a eficiência das novas células ainda é baixa. Apenas mil de um total de 200 mil células transplantadas foram absorvidas de fato pelo olho.
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O pesquisador-chefe, Robin Ali, disse à BBC que os resultados são prova de que os fotorreceptores podem ser transplantados de uma fonte de células-tronco embrionárias e abrem caminho para testes em humanos.
— Estamos tão animados. É possível dizer que cinco anos são um prazo realista para começar os teste clínicos.
O olho é um dos campos mais avançados em pesquisas usando células-tronco.
As células sensoras da luz precisam transmitir sinais elétricos para apenas mais uma célula antes que a mensagem chegue ao cérebro, ao passo que, no caso do tratamento da demência, as células devem se conectar com muitas outras em várias regiões do cérebro.
O sistema imunológico do olho é também muito fraco, diminuindo as chances de rejeição do transplante.
Além disso, poucas células já podem fazer a diferença. Dezenas de milhares de células-tronco são suficientes para melhorar a visão, enquanto que o mesmo número não seria capaz de regenerar órgãos maiores, como o fígado.
Chris Mason, do University College London, disse à BBC que a pesquisa é um grande avanço, mas a eficiência ainda é baixa para uso clínico. r7.com

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