A
obesidade é um mal que espalha por todo o mundo. Nos Estados Unidos, somada ao
sobrepeso acomete 60% da população. No Brasil varia dependendo da classe
social, acometendo aproximadamente 30% da população. É uma epidemia que deve
ser combatida rapidamente pois provoca um aumento acentuado das doenças
cardiovasculares e ortopédicas.
O
reconhecimento da elevação do risco de doenças cardiovasculares relacionadas ao
excesso de peso tem colocado a obesidade no foco das discussões em saúde. Uma
nova publicação da revista científica Circulation analisa a distribuição
mundial da obesidade, ressaltando as diferenças na sua distribuição em
diferentes países e diferentes raças.
Nos
Estados Unidos, por exemplo, a obesidade somada ao sobrepeso acometem 60% da
população, sendo que 27% dos adultos são obesos. Na Europa há grande variação
na prevalência de obesidade entre os países, sendo mais comum nos países do
leste europeu, predominantemente em homens. Na África, a obesidade é mais comum
em mulheres.
Os padrões
de distribuição na América Latina se encontram em transição. No Brasil e
México, há relação de associação com a classe social. A prevalência de
obesidade varia de 30 a 50% dos indivíduos nos países latino-americanos.
Mudanças no cérebro da
mamãe após o parto
O corpo
da mulher entra em ebulição na gravidez. Muita coisa muda. As transformações no
corpo se sucedem junto com a mudança de comportamento. A cabeça da mulher muda
com a chegada do pequeno queridinho. Na verdade, o cérebro também cresce (é sério!).
Coisas que só a natureza explica.
Na
verdade não é um grande aumento, mas o suficiente para ser alvo de estudos. O
neurocientista Pilyoung Kim, autor do artigo The Plasticity of Human Maternal
Brain: Longitudinal Changes in Brain Anatomy During the Early Postpartum Period
publicado na revista Behavioral Neuroscience, argumenta que o aumento cerebral
é feito pelas mudanças hormonais após o nascimento do bebê.
O cérebro
da mulher passa por um crescimento após o parto que modifica comportamentos e
aumenta a motivação. A área aumentada do cérebro, segundo informa o
neurocientista, envolve o raciocínio, motivação, emoções. Desta forma, o lado
mãe fica mais aflorado, determinante para contribuir no cuidado e
desenvolvimento com a criança, reforça o pesquisador.
Trazendo
essa pesquisa para o dia a dia, podemos reforçar o discurso do quão é delicado
o papel de mãe. Mesmo sem você saber, seu corpo cria mecanismos para encarar
uma situação totalmente diferente na vida.
Aquela
força de acordar de madrugada sem ter dormido quase nada ou o desejo de cuidar
do bebê e tudo aquilo que pensávamos ser instinto maternal pode ser algo
ativado mais por uma nova construção cerebral.
Para
chegar à afirmação de que o cérebro da mulher grávida sofre alteração no
tamanho, o neurocientista realizou duas ressonâncias magnéticas em 19 mamães:
uma nas primeiras semanas após o parto, e a segunda entre o terceiro e quarto
mês após o nascimento.
O que foi
revelado pelas imagens dos exames das mamães são pequenos, mas significantes,
aumento no volume de massa cinzenta em várias partes do cérebro, incluindo o
hipotálamo (área associada com motivação e sentimento maternal), a substância
negra e amígdala (recompensa e processamento emocional), o lobo parietal
(integração sensorial) e o córtex pré-frontal (raciocínio e julgamento).
O aumento
cerebral é feito pelas mudanças hormonais após o nascimento, como o aumento dos
níveis de ocitocina, estrogénio e prolactina. Isso modifica o comportamento das
novas mamães, interagindo melhor com seus filhos.
Essa
pesquisa também é importante para que se estudem estratégias contra a depressão
pós-parto, onde, segundo os cientistas, as áreas do cérebro ao invés de
aumentarem, sofrem reduções.
Fonte:Bruno
Rodrigues
Ilustração: Faro Fino
Nenhum comentário:
Postar um comentário